ADPF desmente Cícero Lucena, confirma prisão e condução de ex-prefeito em viatura da PF

Por que será que as denúncias que o candidato Cícero Lucena faz contra seu concorrente, Luciano Cartaxo, e contra o atual prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, não lhe trazem o resultado eleitoral esperado? A resposta é simples: falta ao denunciante a credibilidade necessária para garantir a mínima sustentabilidade às denúncias.

Como disse o próprio Cartaxo, nos debates em que participou e foi acusado por Cícero até de ter sido processado por crime de responsabilidade, “o senador não é a pessoa mais indicada para falar sobre o uso indevido de dinheiro público, Polícia Federal e processos”.

Por mais que tende fugir, Cícero acaba se deparando com os efeitos da Operação Confraria, que o levou a ser preso pela Polícia Federal sob acusação de malversação de recursos públicos, justamente quando era prefeito da Capital, cargo que agora pede mais uma vez ao eleitorado para ocupar.

Como não tem argumentos para levar seu adversário para a vala comum dos processados, primeiro tentou atingi-lo por tabela, explorando denúncias contra o prefeito Luciano Agra, principal apoiador do petista. Agora, chegou ao absurdo de tentar desvirtuar o trabalho da PF que cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão expedidos pela Justiça. Não sei o senador, mas o candidato a prefeito certamente se deu mal novamente. Pelo menos, eleitoralmente falando.

A nota distribuída pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal deixou o tucano sem ter para onde voar. Com teor fulminante, o documento desmancha a versão apresentada por Cícero no guia eleitoral de domingo sobre sua participação na Operação Confraria.

Num dos trechos, a ADPF sustenta que o ex-prefeito foi, sim, preso e conduzido em viatura da PF, embora descaracterizada. Ou seja, a viatura apenas não continha nome e símbolos da Polícia Federal. Somente isso já seria suficiente para machucar ainda mais a imagem de um político que exerceu mandatos de prefeito da Capital, vice-governador, governador e agora integra o Senado Federal.

Talvez, por desespero, o candidato do PSDB tenha feito uma última tentativa de se livrar das amarras da Confraria. Pois, sabe que, sem isso, não vai mais a lugar algum, politicamente falando. Mas, acabou dando um tiro no pé. O episódio serviu apenas para intensificar a lembrança do eleitorado em relação à sua prisão e aos processos que responde no STF.

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