O candidato a prefeito de Santa Rita, Reginaldo Pereira, encaminhou ao blog pedido de �DIREITO DE RESPOSTA� onde contesta v�deo divulgado na internet sobre um suposto esquema de troca de favores para receber doa��es � sua campanha eleitoral.

Veja, abaixo, a nota na �ntegra:

Venho, atrav�s desta, rebater insinua��es criminosas sobre uma grava��o autorizada por mim, numa filmadora de minha propriedade, com o objetivo de mostrar � Justi�a Eleitoral que n�o compro voto, que n�o recebo doa��es escusas de empres�rios que querem meter a m�o no dinheiro da prefeitura.

Fui a um almo�o com os pr�-candidatos do PTN, em V�rzea Nova, e mandei um suposto amigo, Luis Carlos, hoje marqueteiro do meu advers�rio pol�tico, filmar toda a ocorr�ncia. Na oportunidade, eu disse que n�o comprava votos e que sempre fiz campanha �franciscana�, apertando as m�os das pessoas, apresentando ideias e projetos, dando esperan�a e pedindo a confian�a de todos. Eu disse mais, que � natural que as pessoas pedem muito, mas eu nego, porque n�o sou rico e n�o tenho dinheiro sujo de empres�rios.

Quanto �s doa��es financeiras de campanha, eu falei que � normal quando � feita de acordo com a Lei Eleitoral, e que sempre recebi doa��es de familiares e amigos e, depositadas nas contas de campanhas com as respectivas presta��es de contas na forma da lei. Observei ainda que s�o proibidas as doa��es escusas e criminosas de empres�rios que d�o 100, 150 mil etc, com o objetivo de receber altos lucros. Este tipo de doa��o eu jamais recebi e jamais receberei, porque al�m de crime eleitoral � um grave crime contra o povo sofrido de Santa Rita. Quem usa desse expediente s�o os nossos advers�rios que n�o t�m coragem de mostrar a origem da sua riqueza criminosa.

Finalmente eu disse que h� 40 anos combato a corrup��o e os pol�ticos desonestos, mostrando as m�os limpas e jamais algu�m provou um ato il�cito praticado por mim e que n�o adianta os expedientes escusos dos advers�rios que n�o t�m nome e nem votos.

Reginaldo Pereira da Costa, candidato a prefeito de Santa Rita

O senador C�ssio Cunha Lima pode ser taxado de tudo, menos de besta. E quando o assunto � pol�tica, a� � que � que n�o pode mesmo. Aproveitando o v�cuo entre sua rela��o com o Governo do Estado e a oposi��o, C�ssio segue apoiando e pedindo votos para candidatos de todos os partidos, sejam aliados ou advers�rios do governador Ricardo Coutinho.

No melhor estilo �t� nem a�, C�ssio prestigiou com�cios de pelo menos sete candidatos ligados ao governador pouco depois de aparecer no guia eleitoral pedindo votos para o senador C�cero Lucena, candidato a prefeito de Jo�o Pessoa e inimigo pessoal de Ricardo Coutinho. A peregrina��o do tucano pelo interior talvez tenha aliviado a ang�stia do governador em ver seu principal aliado apoiando seu principal advers�rio.

Sem perder o foco em Campina Grande, segundo maior col�gio eleitoral e sua principal base pol�tica, C�ssio mant�m o ritmo e a postura suprapartid�ria. Garantiu presen�a nos com�cios de Gorete Mendes, esposa do deputado Branco Mendes, em Alhandra, nesta ter�a-feira, e foi � Pilar pedir votos para a m�e do ministro Aguinaldo Ribeiro e da deputada Daniela Ribeiro, Virg�nia Veloso Borges, candidata a prefeita.

Para quem n�o lembra, Daniela � advers�ria do primo de C�ssio, Romero Rodrigues, candidato a prefeito de Campina. � tamb�m uma das mais ferrenhas advers�rias de Ricardo Coutinho, ao contr�rio de Gorete e Branco Mendes, aliados de primeira hora do governador.

Como se pode ver, o senador est� mais preocupado em ajudar aos que lhe procuram. Mesmo que sejam advers�rios de seus aliados. Talvez pensando numa retribui��o futura. Mas, qualquer semelhan�a entre suas a��es e as elei��es de 2014 ser� mera coincid�ncia.

O t�tulo acima cai �como uma luva� no quadro eleitoral registrado em Jo�o Pessoa, onde novos institutos e pesquisas surgem, diariamente, muito mais para confundir e manipular a consci�ncia do eleitor do que para informar a real prefer�ncia em rela��o aos candidatos a prefeito.

Antes que alguns se apressem no julgamento, n�o estou aqui desmerecendo instituto A ou B, nem o trabalho de seus respons�veis. Estou apenas expondo a constata��o de toda sociedade paraibana, que se sente, no momento, enganada por um bombardeio de n�meros que, como disse no in�cio, servem apenas para tumultuar as ideias dos que escolher�o o futuro gestor da Capital.

Se os institutos explicassem a causa da enorme discrep�ncia nos n�meros, talvez at� os mais c�ticos mudassem de ideia. Poderiam at� mudar a inten��o de voto, como sugerem algumas dessas pesquisas. Seria a metodologia utilizada? Ou seria a orienta��o de quem paga o trabalho? Ningu�m sabe. Ningu�m sabe, ainda, como explicar o crescimento de um candidato dez, quinze pontos percentuais em apenas duas semanas? Que fato teria levado tantos eleitores a mudar de opini�o em rela��o aos postulantes em t�o pouco tempo?

Tais perguntas caberiam tamb�m numa situa��o inversa, onde candidatos at� ent�o l�deres em todas as pesquisas apresentassem uma queda nessa propor��o na prefer�ncia do eleitorado. Seria uma verdadeira cat�strofe eleitoral.

O descr�dito nas pesquisas eleitorais, pelo menos na Para�ba, n�o � de hoje. Nem foi a primeira vez que mudan�as bruscas imediatas deixaram perplexos at� os pr�prios entrevistados. Quem n�o lembra da �boca de urna� do Ibope, dando a vit�ria a Jos� Maranh�o em 2010? E o caso dos question�rios recentemente encontrados com pesquisadores sem o nome da candidata Estela Bezerra? Por pura coincid�ncia, do mesmo instituto. E a proibi��o da pesquisa divulgada pelo Sistema Tamba� de Comunica��o? Se formos mais a fundo, teremos muitos outros exemplos.

O pior � que, com tantos n�meros divergentes, � prov�vel que algum desses institutos �acerte� o resultado da elei��o e tire proveito disso. Em compensa��o, muitos outros ser�o �reprovados� e ajudar�o a ampliar a falta de confian�a do eleitor nas pesquisas. A n�o ser que… Bem, n�o cabe a mim adotar as provid�ncias cab�veis para que essa situa��o mude.�

O fato que chamou aten��o do debate promovido na tarde desta ter�a-feira pela R�dio Arapuan foi o desafio lan�ado pela candidata do PSB, Estela Bezerra, ao candidato do PSDB, C�cero Lucena. Estela prop�s a quebra de sigilos banc�rio, fiscal e telef�nico dos dois � ela e C�cero � no �Caso Cui� e nas a��es que o tucano responde no Supremo Tribunal Federal, onde � acusado de crimes contra o servi�o p�blico.

A proposta foi uma rea��o da candidata socialista �s insinua��es sobre sua participa��o no nebuloso processo de desapropria��o da Fazenda Cui� pela prefeitura de Jo�o Pessoa, durante a campanha eleitoral de 2010. O caso foi transformado em a��o eleitoral com den�ncias de caixa dois para beneficiar o ent�o candidato do PSB �e atual governador Ricardo Coutinho.

Se C�cero queria associar sua concorrente �s investiga��es da justi�a Eleitoral, onde tramita o processo contra Estela, Ricardo Coutinho e Luciano Agra, acabou permitindo tamb�m que ela tocasse em sua mais profunda �ferida�. Mesmo ainda sem julgamento de m�rito, as a��es em andamento no Supremo Tribunal Federal contra o senador s�o um �prato cheio� para os concorrentes. E o tucano permitiu a Estela colocar mais �tempero na comida�. Resta saber se C�cero vai aceitar o desafio.

O epis�dio envolvendo o Ibope n�o pode e n�o deve passar em branco. Est� na hora da Justi�a Eleitoral dar um basta em tanta distor��o, para n�o usar outros termos, registrada em n�meros divulgados pelos ve�culos de comunica��o. A suposta manipula��o de dados n�o � um problema restrito � Para�ba. � uma chaga recorrente em todo o pa�s, reclamada por candidatos e partidos.

Para referendar uma consulta, donos de institutos costumam dizer que as reclama��es partem sempre de quem est� em desvantagem nos n�meros. Pode at� ser, mas isso n�o muda o outro lado da hist�ria. Quem contrata o instituto jamais vai querer estar em desvantagem. A menos que seja uma pesquisa para �consumo interno�, como se costuma rotular.

Partindo desse princ�pio, j� seria poss�vel suspeitar de qualquer pesquisa. N�o quero aqui desqualificar todos os institutos de pesquisa. Com certeza, h� institutos s�rios e profissionais respons�veis nessa �rea. Mas, tamb�m podemos concluir que existem sim os �picaretas�, como em qualquer outra �rea. N�o fosse assim, n�o estar�amos questionando as diverg�ncias entre os n�meros e o resultado de tantas elei��es.

Separar o �joio do trigo� seria o ideal. Tanto para os institutos e profissionais s�rios, quanto para partidos e candidatos. Evitaria as reclama��es justas e injustas. Evitaria as fraudes e fortaleceria a democracia. A Justi�a Eleitoral sabe disso.