A ingratidão de Ricardo Coutinho e a incoerência de Anísio Maia

Imagem Reprodução/paraibaonline

Anísio Maia não queria ser candiidato a prefeito de João Pessoa em novembro próximo. Sem mandato e sem prestígio, o.então suplente de deputado, que dependia da vontade dos outros para permanecer na Assembleia Legislativa, aceitou a missão devido às circunstâncias.

Depois que assumiu a vaga deixada por Genival Matias, parece que Anísio mudou de ideia. Pelo menos em relação a alguns assuntos. Primeiro, tomou gosto pela disputa. E com razão.

Mesmo se for derrotado nas urmas, o petista só tem a ganhar porque, durante a campanha municipal, propaga e fortalece seu nome para 2022 no maior colégio eleitoral do Estado. Até aí, tudo bem.

Só que Anísio “esqueceu” parte do discurso que usava quando ainda estava “por baixo”. Lembro de uma declaração sua descartando aliança com o PSB e se referindo a Ricardo Coutinho como “página virada”.

Pois bem, em entrevista ao Sistema Correio nesta quinta-feira (30), Anísio chamou o ex-governador de “ingrato” e cobrou apoio do PSB apoio à sua candidatura, em nome de um suposto rodízio que os “partidos aliados” deveriam adotar nas eleições. Na opinião de Anísio, claro.

De uma hora para outra, o Mago e seu socialismo, acuados por acusações e processos de corrupção, migraram de um.passado desprezível para um.presente de ingratidão, na visão do “ex-companheiro” do PT. Uma ingratidão assimilável porque viria repleta de votos para alavancar a estática candidatura do PT.

Se Ricardo foi ingrato com o PT, Anísio está sendo, no mínimo, incoerente com seu passado de posições firmes e inegociáveis.

Agindo assim, o deputado dá margem para que lhe atribuam aquela famosa expressão popular: “Quer conhecer um homem, dê a ele o.poder”.

Ou seria melhor: “Quer conhecer um.político, dê a ele um mandato”.

 

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