Cássio comemora depoimento de jornalista: “Me sinto lisongeado”

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) comemorou artigo do jornalista Nonato Guedes sobre sua inclusão, pelo prestigiado Diap, entre os “Cem Cabeças” do Congresso Nacional, na gestão anterior quando ocupou o cargo de vice-preaidente do Senado.

Abaixo, o texto do jornalista:

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) conclui um ciclo de atuação no Congresso Nacional que o projetou como um dos “Cem Cabeças” da instituição em todas as avaliações anuais feitas pelo rigoroso Diap, Departamento Intersindical de Assessoramento Parlamentar. Iniciou a trajetória parlamentar como o mais jovem deputado federal constituinte, a partir de 1987, participando ativamente da elaboração da Carta-Cidadã e expondo, em discursos, inquietações com as desigualdades sociais e econômicas do país, igualmente chocado com distorções embutidas em dispositivos legais. Ganhou aplausos de condestáveis da política nacional como Ulysses Guimarães e Mário Covas.

O caçula da Constituinte já demonstrava a estatura dos grandes, no dizer do cronista F. Pereira Nóbrega, em artigo publicado no extinto jornal “O Norte” em março de 1988. “De Cássio tenho admirado as posições e as ideias. Não somou com o Centrão, uma rara exceção nessa Paraíba. Manteve as posições avançadas de que o país precisa para uma Constituição do terceiro milênio”, pontuou Pereira Nóbrega.

A trajetória de Cássio passou, também, pelo Executivo, eleito duas vezes governador da Paraíba, três vezes prefeito de Campina Grande e indicado superintendente da Sudene, no governo de Itamar Franco, em 1992. Foi no Senado onde seu brilhantismo ganhou amplitude e Cássio soube dignificar a representação política da Paraíba no Congresso.

Ungido em 2010 com mais de um milhão de votos, Cássio revelou-se um senador articulado, experiente, bom orador, “expert” em assuntos diversificados e dono de sensibilidade para questões candentes como as demandas dos portadores de deficiência. Assumiu a liderança do PSDB, para a qual foi reeleito por aclamação, tornou-se primeiro vice-presidente do Senado e foi uma das vozes mais firmes durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Nesse processo, Cássio nem de longe deu vazão a brigas ideológicas. Espelhou-se em fatos irrefutáveis, desfavoráveis à gestora reeleita e em razões institucionais, e nesse desideratum esteve antenado com a voz rouca das ruas, uma vez que verbalizou a angústia de milhares de brasileiros que se sentiram traídos e frustrados com o comportamento nada republicano da ex-mandatária. No dizer de Cássio, parcelas significativas do eleitorado brasileiro sentiram-se ludibriadas com o desabrochar de uma série de escândalos que já vinha corroendo as entranhas de um partido (o PT) que se identificava como ético e era especialista em maracutaias.

Cássio foi a voz da Paraíba que o Brasil escutou. Sempre foi referência como fonte de informações para jornalistas abalizados da grande imprensa do Sul do País, mercê do amadurecimento demonstrado na análise da conjuntura brasileira e do domínio de temas controversos pautados nas sessões do Congresso Nacional. As iniciativas que tomava, concretamente, mostravam linearidade ou coerência com princípios defendidos em palanques ou auditórios. Nesse sentido, foi subscritor da Proposta de Emenda Constitucional contra o chamado foro privilegiado, apoiou proposituras que visavam a transparência no serviço público, atuou decisivamente para favorecer instituições federais de ensino da Paraíba, defendeu reivindicações e interesses de pescadores e de produtores de leite, sempre atento à diversificação das demandas geradas pelas transformações sociais e econômicas.

Não deixou de lutar por recursos para o governo do Estado mesmo quando a administração estadual moveu verdadeiras orquestrações para tentar desmerecer o seu mandato. O Estado, como repetiu inúmeras vezes, sempre foi a prioridade mais urgente do seu múnus político e, de sua parte, teria gestos emblemáticos para solidarizar-se com as populações das mais diferentes regiões em suas carências. Por uma série de fatores, foi penalizado nas urnas em 2018 quando disputou a reeleição, embora por um bom tempo, na campanha eleitoral, tenha liderado pesquisas de opinião pública ou de intenções de voto. Já deixou claro que continuará usando qualquer tribuna, qualquer espaço, para defender a Paraíba, independente de mandatos. “Deus é bom o tempo todo e até hoje sempre me conduziu para o melhor caminho”, expressou Cássio Cunha Lima, numa espécie de mantra que resume suas mais verdadeiras crenças em relação à vida e aos desígnios da trajetória pública.

Nonato Guedes

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