Cássio põe em risco aliança com Ricardo e “paga para ver” desdobramentos do apoio a Cícero

O senador Cássio Cunha Lima tem enfrentado uma verdadeira “corda bamba” para cumprir suas obrigações eleitorais com o PSDB do amigo Cícero Lucena sem comprometer a aliança vitoriosa que celebrou com o governador Ricardo Coutinho (PSB), em 2010. A cada passo, aumentam suas dificuldades nesse sentido, mas a campanha eleitoral parece ser a prova definitiva que o tucano enfrentará.

Por isso, não será surpresa se a possibilidade de rompimento com o governador volte a ocupar espaços valiosos nas discussões políticas, principalmente no âmbito do PSDB e do PSB, a partir do dia 7 de outubro próximo. Cássio sabe que Ricardo jamais “engolirá” seu apoio ao senador Cícero Lucena, candidato tucano e “inimigo” pessoal do atual governador. Sabe também que, se não tiver o suporte das prefeituras de João Pessoa e Campina Grande, estará praticamente fora do processo sucessório de 2014.

Na eleição de 2002, quando venceu o ex-governador Roberto Paulino (PMDB), Cássio contava com as duas maiores prefeituras. Tinha também o apoio de prefeitos de várias cidades de porte médio. Ele sabe que, sem isso, dificilmente o resultado teria sido o mesmo, já que Paulino tinha em mãos uma “azeitada” máquina estadual e o prestígio eleitoral do ex-governador José Maranhão, que lhe apoiava, eleito na época o senador mais votado da Paraíba.

Talvez inspirado nessa sofrida primeira vitória para o Governo do Estado, Cássio tenha decidido “pagar para ver” quais serão os “desdobramentos” previstos pela candidata do PSB, Estela Bezerra, de seu alinhamento ao projeto do PSDB na Capital. Com isso, o tucano relega um famoso adágio popular que diz: “Mais vale um pássaro na mão que dois voando”.

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