O senador Cícero Lucena já recebeu o ultimato: ou aceita ser candidato a deputado federal ou nada. É pegar ou largar.
A insistência de Cícero em disputar a reeleição vem provocando reações não só de tucanos, mas também de aliados do próprio senador. “Toda eleição agora Cícero cria problemas. Ninguém aguenta mais”, disparou o deputado Domiciano Cabral (DEM).
Frase semelhante partiu do deputado Branco Mendes (PEN). “Ao invés de ajudar, ele (Cícero) só procura atrapalhar”, teria se queixado a amigos, Mendes.
Mas, quem não suporta mais mesmo é o senador Cássio Cunha Lima que, hoje, durante entrevista, chegou a sugerir uma disputa com Cícero pela indicação do PSDB para ser candidato a governador. O “moído” de Cícero vem incomodando tanto que Cássio resolveu adiar a composição – ou pelo menos o anúncio dela – da chapa majoritária. Pré-candidato a governador, o tucano garantiu que até agora nenhuma outra vaga está preenchida. E não há, portanto, nenhum nome certo fora o seu.
Cássio quer resolver primeiro a situação com Cícero. E tez razão. Como compor uma chapa consensual com aliados se não há consenso dentro do seu próprio partido? Se Cícero desejava realmente ser candidato à reeleição, sobrou na curva. Agora, se queria apenas perturbar e tumultuar o processo de escolha de candidatos dentro do seu próprio grupo político, ele conseguiu.