Decisão dos deputados ameaça projeto de reeleição de Ricardo Coutinho

A relação entre Governo do Estado e Assembleia Legislativa segue de mal a pior. O clima havia melhorado um pouco, mas azedou novamente após aquela arapongagem mal feita e mal explicada durante a “Caravana da Seca”.

No início da legislatura, dizia-se que o motivo do azedume seriam as deficiências de um líder que é suplente, ou seja, nem deputado é. Hoje, essa justificativa está superada. Aliás, o governo perde votações na Assembleia Legislativa muito mais por falta de bancada do que de líder.

A verdade é que nem mesmo sua própria bancada o governo conseguiu domar, até agora. O governador Ricardo Coutinho chegou a anunciar mudança de comportamento, admitindo que, em 2013, evitaria embates mais duros com a oposição para garantir a paz com a Assembleia.

Como 2013 ainda nem começou, pode ser que isso aconteça. Mas, se depender de 2012, a perspectiva de paz não é das melhores. E o governo vai carregar para o ano seguinte um saldo negativo nesse aspecto pelas derrotas que amargou em plenário e nas comissões internas.

Começa o ano com a perspectiva de enfrentar dificuldades para aprovação de sua prestação de contas. O TCE emitiu parecer favorável à aprovação, mas, com as mudanças aprovadas pelos deputados, as dificuldades para derrubar o parecer são mínimas. Bastam os votos da oposição somados aos do PEN, o “fiel da balança” na Casa.

A reprovação das contas pela Assembleia Legislativa pode significar o fim do projeto de reeleição do governador. Portanto, é bom Ricardo arrumar logo uma bancada sólida e evitar confrontos com o Legislativo, ao invés de ficar esperando que um líder resolva todos os seus problemas na Casa.

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