A disputa eleitoral em João Pessoa está devidamente atrelada à conjuntura nacional como a de qualquer outra capital do país. Diferente de outras ocasiões, quando pouco ou quase nada importava a escolha do prefeito, do vice e dos vereadores pessoenses.
Dirigentes nacionais continuam aportando na Paraíba para acompanhar a situação de seus partidos e até, se for o caso, interferir nas decisões referentes ao pleito de outubro. Isso, antes mesmo de iniciada a campanha.
A vinda de caciques do PMDB, como o vice-presidente da República, Michel Temer, foram decisivos para consolidação da pré-candidatura do ex-governador José Maranhão. Sem a interferência deles, talvez o deputado federal Manoel Júnior tivesse mantido suas pretensões até a convenção do partido. Um desgaste desnecessário para todos.
Mesmo assim ocorreu com o PSDB. Foram várias as reuniões com o presidente nacional, Sérgio Guerra, para convencer o senador Cássio Cunha Lima de que, melhor para o partido seria lançar o nome de Cícero Lucena. A cúpula do PSB também visitou a capital paraibana no episódio de substituição do prefeito Luciano Agra por Estelizabel Bezerra, a exemplo do que fez o PT quando referendou a pré-candidatura de Luciano Cartaxo.
Nesta quinta-feira (31) desembarca mais uma vez na Paraíba o presidente do PPS, Roberto Freire. Vem reafirmar e reforçar o nome de Nonato Bandeira, além de observar possíveis alianças que estão na mira do pré-candidato.
Na visita, Freire pode desvendar de vez o mistério que envolve o PPS paraibano. Nonato afirma que vai disputar a eleição defendendo a bandeira do socialismo, mas é tratado como adversário pelos governistas. Talvez a palavra do presidente do partido defina de vez seu rumo.