Com uma bancada de 14 deputados, o líder do governo, Hervásio Bezerra (PSDB), pregou acordo para votação do projeto que autoriza o Executivo a avalizar empréstimo da Cagepa junto à Caixa Econômica Federal no valor de R$ 150 milhões.
Hervásio elogiou a decisão do TJ, que mandou desarquivar a matéria, e mais uma vez apelou para o espírito público dos colegas para votação e aprovação imediata do empréstimo. “O empréstimo não é do governador, não é meu e nem de Ricardo Marcelo. É para salvar a Cagepa, pagar empréstimos anteriores com juros menores”, justificou.
O encaminhamento da proposta, entretanto, independe da vontade do líder do governo. Novamente está nas mãos do presidente Ricardo Marcelo (PSDB), a quem cabe definir a tramitação e, principalmente, a pauta de votações. A ausência do governador Ricardo Coutinho (PSB) na solenidade de posse da Mesa Diretora da Assembleia em nada ajudou a melhorar o clima, embora Marcelo tenha considerado um “fato natural”.
Marcelo garantiu que não há animosidade entre os Poderes e disse que a ausência, apesar de compreenssiva, cabe ao próprio governador explicar. Sobre o empréstimo, o presidente explicou que a intenção dos deputados e da Mesa Diretora é, novamente, seguir os caminhos regimentais e legais. “Vamos estudar se cabe recurso ou se não há necessidade”, avisou.
A resposta de Marcelo foi interpretada como um aviso: a Assembleia Legislativa não fará nada que prejudique o Governo do Estado, desde que tudo seja feito dentro da lei. Mas, também não aceitará qualquer tipo de retaliação ou provocação. Ou seja, está tudo em paz, mas depende.