Jeová revela que emendas são mais atrativas que o salário de deputado federal porque “as construtoras acertam tudo”

Jeová Campos

O ex-deputado estadual Jeová Campos, que trocou o PT pelo PSB, ficou conhecido na Assembleia Legislativa por dizer o que pensa. Por causa disso, desagradou a muitos. E, pelo jeito, vai continuar desagradando. Na tarde de hoje, durante entrevista na Rádio Arapuan, Jeová decidiu abrir a “caixa preta” do processo de eleição de um deputado federal.

Começou pelo custo. Disse, sem pestanejar, que o mandato não custa menos que R$ 7 milhões (a preço de hoje), talvez tomando por base sua campanha em 2010, quando não conseguiu chegar à Câmara Federal. Mas, não ficou nisso, apesar de deixar todo mundo surpreso. Jeová decifrou (se for mesmo verdade) o segredo de tanta gente desejar fazer um investimento tão alto. A verdadeira vantagem ou compensação do alto custo estaria nas emendas parlamentares e não no salário.

O ex-deputado foi mais longe, garantindo que todos priorizam as emendas e “tem as construtoras que acertam tudo”. Ele não detalhou, mas nem precisava. São muitos os boatos de uma suposta relação promíscua envolvendo parlamentares, empreiteiras e as emendas orçamentárias. No Congresso Nacional, os exemplos são muitos.

O problema é que Jeová se referiu, em seguida, à bancada paraibana. Afirmou que somente o deputado Luiz Couto (PT) não utiliza esse expediente. “Todos sabem que funciona assim. O salário de deputado federal não é o maior atrativo. São as emendas. E tem as construtoras que acertam tudo. Todos fazem assim”, sustentou, queixando-se da falta de estrutura da Justiça Eleitoral para coibir o abuso.

Depois que Vituriano de Abreu revelou que o apoio de um prefeito custaria quase R$ 500 mil, nada mais é de se estranhar no processo eleitoral brasileiro.

 

 

 

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