João demonstra gratidão a Ricardo e dá sinais de que não pretende se afastar do grupo político que o elegeu

Imagem da Internet

Após a derrota acachapante nas urnas, restaram duas alternativas à oposição na Paraíba: torcer para que João Azevedo não mantenha o ritmo acelerado da gestão de Ricardo Coutinho ou apelar por uma briga entre os dois. Os mais céticos apostam na fusão das duas hipóteses, alegando que um fracasso do governador eleito poderia afetar a expansão da “imagem positiva” de Ricardo, considerado como liderança regional emergente do Nordeste.

A primeira hipótese, João só poderá enfrentar a partir de janeiro de 2019, quando toma posse no Palácio da Redenção. Os primeiros seis meses formam uma espécie de “período probatório” de toda gestão, seja federal, estadual ou municipal. Durante esse tempo, o gestor é pouco cobrado, seja pela população ou mesmo por seus opositores. Diante de todo governo novo, isso é regra.

Mas, a administração que vai suceder Ricardo Coutinho não é tão nova. João tornou-se, ao longo dos tempos, uma espécie de “gerente” conceituado do atual governador. E fez questão de assumir a pecha de durante a campanha eleitoral, quando seguiu “à reboque” da popularidade do amigo socialista. Portanto, pode ser que essa regra seja quebrada e as cobranças surjam já no primeiro semestre, cabendo ao futuro governador combatê-las com obras e ações prometidas em campanha.

No caso da segunda hipótese, João começou a agir antes mesmo de empossado. A composição do secretariado é sempre um trauma para qualquer gestor, mais ainda quando o governo é de continuidade. Mas, com uma única declaração, o governador eleito engatou solução para mais da metade do problema. Em entrevista, João disse que pretende aproveitar parte da equipe de Ricardo Coutinho, jogando um “balde de água fria” nos que esperavam uma postura diferente, mais “independente”, digamos assim.

O ex-secretário pode até ter desagradado aos troianos, mas com certeza causou euforia entre ps gregos, seu foco principal. Embora João não tenha citado nomes, Nonato Bandeira, Luiz Torres, Waldson Souza, Cel. Euler Chaves e Livânia Farias, entre outros, “vestiram a camisa” de Ricardo e seu sucessor. Merecem uma nova chance. Além disso, a presença de “gente de confiança” de Ricardo na equipe de João garantiria, em tese, a tranquilidade que o novo gestor necessita para tocar o barco.

De besta, João não tem nada.

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