Tentativas de tirar Maranhão do comando do PMDB sempre ocorreram. Só que as ações, até agora, eram mantidas intramuros. Como o ex-governador tinha maioria no diretório estadual e estava no poder, a repercussão era mínima. E os rebeldes acabavam se rendendo às circunstâncias óbvias.
Agora, a situação é diferente. A dissidência é mais forte e parece disposta ao tudo ou nada. Mais do que destituir Maranhão da direção do partido, a investida dos rebeldes pode comprometer o projeto do prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital, candidato natural ao Governo do Estado em 2014.
Não é por acaso que Vené e o irmão, Vital Filho, tentam a todo custo apagar o incêndio registrado no PMDB. Ambos sabem que, com o ex-governador no comando do PMDB, a candidatura do Cabeludo está sacramentada. Diferente da situação onde o PMDB estivesse sob o comando do ex-senador Wilson Santiago que poderia entregar o partido a qualquer um, incluindo o governador Ricardo Coutinho, desde que tivesse a garantia de se candidatar ao Senado.
Sendo assim, é provável que os irmãos Vital recorram às armas e se apresentem ao exército de Maranhão para o combate efetivo. E, se até a data da convenção
não houver acordo, a disputa nas urnas será inevitável. Só não se sabe qual será a reação do grupo perdedor.