Na “guerra” de números e acusações entre Ricardo e Cássio, sobrou para o senador José Maranhão

Imagem da Internet

Imagem da Internet

Na “guerra” de números e acusações travada entre o governador Ricardo Coutinho (PSB) e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), coube ao também senador e ex-governador José Maranhão (PMDB) “pagar o pato”, como é tratada esse tipo de situação no vocabulário popular. Em direito de resposta à informação divulgada no jornal Correio da Paraíba, o Governo do Estado acabou atingindo a gestão antecessora ao referir-se a um suposto déficit de quase R$ 2 bilhões que Maranhão teria deixado como “herança” para o socialista.

Maranhão rebateu a acusação, através de nota, referindo=-se a “uma afirmação falsa, cavilosa e sem comprovação”. Segundo o ex-governador, o próprio Tribunal de Contas do Estado comprovou a inexistência de tal déficit, em relatório aprovado pela Assembleia Legislativa. “O relatório, ao contrário, aponta saldos de R$ 610 milhões”, lembrou.

Abaixo, a nota de Maranhão na íntegra:

NOTA

Para contestar dados publicados na coluna da Jornalista Lena Guimarães, do Jornal Correio da Paraíba, edição do dia 26 de dezembro do corrente ano, em matéria assinada pela Jornalista Adriana Bezerra, que substitui a titular, o Governo do Estado enviou à redação do citado jornal, matéria requerendo direito de resposta. A reportagem principal tinha o título de “Artilharia Pesada”, sendo aquela resposta publicada na mesma coluna, na edição do dia 28/12/2015, com o título “A Versão do Governo”.

Não é do meu interesse discutir o conteúdo, muito menos a veracidade e mérito dos dados ali relacionados. O que me leva a comentar o fato é o argumento usado pelo apressado e despreparado redator da resposta oficial que afirma, entre outras justificativas, que:

“Diferentemente do que se viu ao final de 2010, ano no qual a ilustre colunista (errou até a identificação da pessoa da Jornalista) ocupava a Secretaria de Comunicação Institucional, quando o Estado fechou com um déficit orçamentário anual de R$411 milhões, além de uma herança de R$1,3 bilhão de reais em débitos, só permitindo a recuperação do equilíbrio fiscal nos anos seguintes da atual gestão”

Essa despreparada afirmação de que meu Governo deixou um débito de 1,3 bilhão de reais já foi rebatida inúmeras vezes, desde o início de 2011, por mim e pelos componentes da equipe econômica do meu governo. É uma afirmação falsa, cavilosa e sem comprovação.

Em uma das entrevistas publicadas por despreparados assessores governamentais, no inicio da gestão iniciada em 2011, foi dito que uma das parcelas do mencionado débito eram as prestações vincendas da “Divida Fundada” para 2011: Afirmação eivada de má fé.

Até hoje, embora solicitada por membros do meu governo, através de pronunciamentos na imprensa, jamais foi divulgada a listagem desses débitos sem “cobertura financeira”: Simplesmente porque eles não existem.

Os “restos à pagar” de 2010, contabilizados oficialmente, existentes pelo simples fato de que as obras em andamento e/ou os materiais e equipamentos adquiridos e empenhados, não estavam concluídas e/ou entregues a ponto de serem pagos, praticamente todos eles financiados com recursos federais de convênios e do contrato de empréstimo do BNDES, todos eles cobertos financeiramente, com recursos depositados em bancos, conforme atestado pelo balanço geral do estado/2010, assinado e publicado pelo Governador do Estado da época e atual, merecendo parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado e aprovação da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, com saldos disponíveis de R$610 milhões.

Mais uma vez venho contestar as informações oficiais citadas, relativamente ao período do meu governo, por improcedentes e sem comprovação.

João Pessoa, 29 de Dezembro de 2015.

JOSÉ TARGINO MARANHÃO
Ex-Governador da Paraíba
Senador da República

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O blog não se responsabiliza pelo conteúdo exposto neste espaço. O material é de inteira responsabilidade do seu autor