Imagem da Internet
Por que será que a direção nacional do PT não gosta do deputado estadual Anísio Maia? Ou, então, gosta pouco. A resposta, nem os petistas sabem. Se sabem, preferem silenciar. Anísio é o único deputado estadual com mandato do PT e candidato à reeleição na Paraíba. Mesmo assim, recebeu apenas R$ 44 mil de recursos do fundo eleitoral, criado para custear, com dinheiro público, as campanhas eleitorais em 2018.
O mesmo PT que terá que devolver R$ 20 milhões destinados à campanha do ex-presidente Lula, preso em Curitiba por corrupção, foi mais generoso com outros parlamentares paraibanos. O colega de Anísio na Assembleia Legislativa, Frei Anastácio, por exemplo, que disputa mandato de deputado federal, recebeu quase R$ 400 mil, mesmo valor que o vereador pessoense Marcus Henriques, também candidato a federal. O deputado federal Luiz Couto, agora candidato a senador, recebeu nada menos que R$ 1 milhão. O partido de Lula deu ainda R$ 44 mil ao deputado estadual Zé Paulo.
Mas, o que mais champou atenção nessa “generosidade financeira” do PT foi uma doação feita à Malu Vinagre. Mesmo sem mandato e sem densidade eleitoral, a moça, filiada ao PROS, recebeu R$ 500 mil para a campanha. isso mesmo: mais os parlamentares petistas, com exceção do padre Luiz Couto. Mais estranho ainda é que Malu é irmã do deputado federal André Amaral, também do PROS, considerado um “golpista de primeira linha” pelos petistas.
Anísio Maia, o mais prejudicado na “divisão do bolo”, tentou minimizar a situação alegando que não tem dado muita atenção aos valores porque sua campanha é barata. Pura balela. O deputado está tão revoltado quanto seus colegas, que também fogem do assunto como o diabo foge da cruz. Apenas não querem polemizar para evitar desgaste à campanha nacional do partido.
Segundo informações do portal clickpb, até André Amaral recebeu dinheiro do PT. Um pouco menos que sua prestigiada irmã, é verdade: R$ 350 mil. O PROS, no total, abocanhou R$ 4,5 milhões do PT para a campanha no país inteiro. Como é bom ter uma aliado cheia do grana e mão aberta.
Pena que é só com dinheiro do contribuinte.