PTB faz exigências que podem “melar” aliança com PMDB; decisão deve sair hoje

As direções estadual e municipal do PTB se reúnem hoje à tarde para “bater o martelo” quanto ao candidato a prefeito que o partido apoiará em João Pessoa. Ao contrário do que muitos pensam, a aliança com o PMDB, do pré-candidato José Maranhão, ainda não está definida. O PSDB, do pré-candidato Cícero Lucena, tenta conseguir, em Brasília, o que não conquistou na Paraíba.

Tucanos de alta plumagem, a pedido de Cícero, pressionam a direção nacional para ter o apoio do PTB. E uma reviravolta, no resultado do encontro, não está descartada. Não só pelo trabalho de persuasão na capital federal, mas também por supostas exigências que os petebistas teriam feito para votar em Maranhão.

O presidente estadual Armando Abílio teria acordado, em princípio, que o PTB faria aliança com o PMDB em troca da licença do deputado federal Benjamin Maranhão, que lhe permitiria, como suplente, reassumir vaga na Câmara dos Deputados. O partido também indicaria, à título de sugestão, um nome para a vaga de vice na chapa de Maranhão. E o fez, apresentando o vereador Tavinho Santos como alternativa.

Até aí, tudo dentro dos conformes. O problema é que os petebistas acharam pouco. Resolveram reivindicar também espaços no futuro governo, em caso de vitória de Maranhão, e impor o nome de Tavinho para vice. A ocupação da vice passou de sugestão a condição. Maranhão, claro, não aceitou. E nem poderia. Participar da administração é um processo natural envolvendo qualquer partido que apoie o candidato vencedor. Agora, querer empurrar goela abaixo um companheiro de chapa, é coisa inadmissível. Quem escolhe o vice é o candidato a prefeito. E ponto final.

É nesse clima que o PTB deve decidir seu futuro político.

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