Os protestos que estouraram em todo Brasil, devastando parte da popularidade da presidente Dilma Roussef, tinham tudo para provocar estragos também nos Estados, onde o PT e aliados buscam viabilizar projetos eleitorais para 2014. Mas, não foi isso que aconteceu. Na Paraíba, por exemplo, o chamado “Blocão”, formado por PT, PP e PSC, não apenas se mantém intacto como tende a ser ampliado com a incorporação do PTB, do ex-senador Wilson Santiago.
Mesmo com a crise instalada no Governo Federal, que levou a presidente a fazer reunião de emergência com governadores e prefeitos, há um entendimento quase unânime de que Dilma vai reagir, recuperar o prestígio eleitoral e consolidar seu projeto de reeleição. Tal projeção acaba intimidando adversários e reanimando a militância do PT que sente a perspectiva de um desempenho eleitoral no ano que vem bem mais proveitoso que nas disputas anteriores.
Mesmo sem um nome capaz de comandar o “Blocão”, o PT alimenta expectativa de que o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, cederá aos apelos da presidente e, na hora adequada, topará a missão de encabeçar o “projeto alternativo” aos dois grupos que dividem, atualmente, a hegemonia política no Estado. Nesse caso, caberia aos petistas a indicação do candidato ao Senado Federal ou mesmo a vice-governador. Até porque, para o PT, o mais importante é garantir palanque e a reeleição da atual presidente da República. Mesmo tendo o PMDB como aliado nacional, não seria recomendável ao PT e a Dilma restringir a campanha pela reeleição ao palanque do vice, Michel Temer.