Ricardo Coutinho toma posse para segundo mandato e reafirma compromissos assumidos em campanha

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O governador Ricardo Coutinho (PSB) foi empossado na tarde desta quinta-feira, em solenidade no Espaço Cultural José Lins do Rego, para o segundo mandato conquistado nas eleições do ano passado. Em seu discurso, Ricardo agradeceu aos eleitores e aos partidos aliados pela reeleição, prometendo cumprir todos os compromissos assumidos durante a campanha.

Ricardo lembrou citou conquistas de seu governo em várias áreas nos últimos quatro anos e reafirmou compromissos como passe livre, aumento em 56% o abono natalino aos 504 mil beneficiários do bolsa família, e em áreas como a saúde, educação, esporte, segurança e recursos hídricos.

Coutinho destacou ainda que sua vitória, já em 2010, representou o retorno do povo ao Poder, pois conseguiu quebrar práticas “seculares, que engessava a administração pública. “Há exato quatro anos o povo estava chegando ao poder. Eu era a Paraíba masculina, feminina e todas as suas opções. Eu era todos e todas”, afirmou.

“Neste quatro anos acabamos práticas nefastas, implodimos práticas corrosivas. Implantamos o orçamento participativo, com o povo dizendo suas prioridades na gestão, o Pacto Social. Tirei 54 cidades do isolamento rodoviário, 10 hospitais abertos, criamos mais de mil leitos, três UPAs, seis escolas técnicas, 730 quilômetros de adutoras. Foram quatro anos de nítidos avanços em todas as áreas e setores. Isso vale mais do que qualquer tapinha nas costas”, afirmou.

Ricardo também criticou a suposta judicialização das eleições, uma vez que existem ações no na Justiça eleitoral questionando o seu mandato.

“Pedimos para o povo votar e povo votou. Estou aqui de novo por que o povo assim o quis. Ganhamos por que tivemos mais votos. Tivemos mais votos por que a população reconheceu a melhor prática política e administrativa. É bom que aqueles que perderam tenham a grandeza pública de que neste mesmo o povo quer ser respeitado na sua escolha e artifícios ou manobras não vão afetar o desejo da maioria do povo paraibano”, afirmou.

Confira a integra do discurso do governador abaixo:

DISCURSO DE POSSE RICARDO COUTINHO 2015

Paraibanas e paraibanos, Companheiras e companheiros, Senhoras e senhores,

Há exatos quatro anos, neste mesmo local – hoje totalmente recuperado e pulsante – a população da Paraíba tomava pra si as rédeas do seu destino e inaugurava uma nova etapa em sua história. O povo chegava ao poder.

Ao tomar posse como governador naquela ocasião, incorporava, simbólica e efetivamente, o papel de arauto das mudanças sociais e avanços econômicos; do aprimoramento institucional e da disseminação dos princípios republicanos. Eu era todos e todas estavam em mim.

O paletó que usava naquele momento era a vestimenta solene, mas por baixo dele estavam o macacão, a farda, a bata, o avental, o jaleco, a manta, o jeans, o calção, a camiseta, a bermuda e a saia de chita rendada de chão. Eu era a Paraíba feminina, masculina e diversificada em suas opções, atitudes e perspectivas. Eu era a criança que engatinhava e o idoso que se aconchegava. Eu era o homem desempregado e a mulher violentada. Eu era o estudante que trabalhava e o camponês que plantava sonhos em lugar de sementes.

Eu era todos e todas, inclusive ninguém. Eu era aquele que ninguém via, a voz que silencia e o rosto que desaparecia na multidão dos excluídos. Eu era um ente social, mas também um “objeto”. Era um graveto de angico, uma caneta, uma enxada, uma cadeira de rodas, uma pipa, uma seringa, um bisturi… Eu era o matutino que anuncia e o diário oficial que ratifica. Eu era os erros cometidos pela história e os acertos esquecidos com o tempo. Eu era o rio e era a ponte.

Portanto, paraibanas e paraibanos, quando digo “eu”, estou dizendo “nós”. E é do alto das convicções arraigadas e ações efetivadas que afirmo aqui desta tribuna, em alto e bom som, com o timbre das massas em uníssono: o povo voltou ao poder!

Foram necessários quatro anos para constatarmos que as palavras ditas naqueles instantes iniciais de 2011, não eram apenas retórica de um discurso de posse… Era o roteiro dos movimentos determinadas pela população. Era a essência dos desejos materializada numa faixa cerimonial. Era a liturgia dos ritos legais em meio à alegria da festa. Era a força do trabalho que impulsionaria os dias seguintes, até hoje.

Nesses últimos quatro anos, senhoras e senhores, não apenas construímos um futuro sólido, mas implodimos práticas antigas, corrosivas, que não cabiam mais na condução da gestão pública. Empoderamos a população, através do exercício pedagógico do Orçamento Democrático, fazendo do povo um sujeito ativo desse processo, numa ação permanente, que nunca haverá de se esgotar. Dessa simbiose, com a participação de mais de 140 mil pessoas, em dezenas de audiências regionais, surgiriam investimentos da ordem de R$ 5 bilhões, aplicadas nas cerca de 700 obras e ações demandadas. Foi o povo administrando seus próprios recursos e dizendo quais as prioridades.

Para o Governo, a prioridade sempre foi e será ouvir a população em seus anseios e júbilos.

Também partilhamos o poder institucionalizado, através do Pacto Pelo Desenvolvimento, uma experiência sem similar no país, convocando as prefeituras a dividirem conosco a elevação dos indicadores sociais de suas regiões. Pela primeira vez não foi considerado o nome da pessoa ou o partido que ela representava à frente de sua edilidade, mas sim a população que essas autoridades incorporavam. Aonde conseguimos firmar parcerias, a vida melhorou a olhos vistos. Monitoramos esses avanços e, em breve, teremos um perfil técnico e social consistente, para reforçar o que já existe e alcançar os municípios que ainda não entenderam a lógica desenvolvimentista e republicana do programa. Precisamos olhar para todas “as Paraíbas” dentro da Paraíba. Dessa nova concepção de gestão surgiriam mais de 174 milhões de reais em obras e ações nas áreas de saúde, educação, saneamento básico, recursos hídricos e infraestrutura.

Em nenhum outro momento anterior foram verificadas tantas obras, em um mesmo momento, em tantos municípios. Saímos do virtual e instalamos a verdadeira rede social.

Foram quatro anos de nítidos avanços, em todas as áreas e em todos os números, incluindo alguns nada positivos, como os ataques sofridos pelo Governo nesse período, sem comparação a qualquer outro antes, vindo de cima, de baixo e dos lados. Ao buscar suprimir carências históricas, quebrar paradigmas seculares e romper com práticas que engessavam a máquina administrativa e o crescimento econômico da Paraíba, em detrimento de grupos e grupelhos, fomos alvos de bombardeios e bravatas, confundindo a opinião pública e levando, algumas vezes, a incompreensões, distorções e erros de julgamento. A tudo enfrentamos com cabeça erguida, a espinha ereta e o coração tranquilo, pois em meio à balbúrdia das elites descontentes, conseguíamos escutar os sussurros das massas desvalidas. Foi a elas que demos ouvidos, foi nelas que nos inspiramos. Desse diálogo, surgiria a nova face da Paraíba.

Meus queridos paraibanos, pediram para o povo votar… E o povo votou.

Estamos aqui de novo porque o povo quis assim. Ganhamos porque tivemos mais votos, mas tivemos mais votos porque a população reconheceu a melhor prática política e administrativa. Ela percebeu para onde estávamos caminhando e até onde poderíamos chegar. Ela entendeu que retirar 54 cidades do isolamento rodoviário (como ocorrerá até junho próximo) falava mais alto que o tapinha nas costas. Ela assimilou e tomou para si os 2.356 quilômetros de estradas, os 10 hospitais abertos, a implantação de mais 1.000 leitos hospitalares, as 3 UPAs, as 885 novas salas de aula, as 352 escolas reformadas ou ampliadas, os 450 laboratórios de matemática e informática, os 585 ônibus escolares, as 6 escolas técnicas, os 730 km de adutoras, o canal Acauã-Araçagi (que levará água para 590 mil paraibanos), a Translitorânea, as barragens, as pontes e tudo o mais que presenciaram, experimentaram e aferiram nesse período de construções físicas, conceituais e emocionais.

Ganhamos também porque tivemos os melhores quadros ao nosso lado, ao longo do Governo e durante a campanha. A população entendeu o que estava acontecendo e os partidos também. Foi essa a compreensão do PSB, do PT, do PDT, do DEM, do PRTB, do PRP, do PV, do PSL, do PCdoB, do PHS e do PPL, no primeiro turno, com o reforço do PTC e do PMDB no segundo turno, todos decisivos, valorosos e parceiros nessa configuração. Aproveito para agradecer aos seus dirigentes, integrantes e militantes, pelo empenho e pela atitude cidadã, abraçando essa causa não pela vantagem circunstancial, mas pelo dever cívico, pela solidariedade humana, pela sensibilidade à vida… Gente como os jovens Thiago Soares e Ranieri Barbosa; gente omo o coronel Fernando Chaves e o governador Eduardo Campos, sinônimos de determinação, garra e energia, tragicamente arrancados do nosso convívio, servindo de estímulo para a continuidade da luta, cuja saudade reverto agora em homenagem, dedicando nossa bonita vitória aos exemplos deixados em vida… Eles estão entre nós!

A vida segue, senhoras e senhores…

É por isso que estamos todos aqui, concluindo um ciclo e iniciando outro. Superando obstáculos, corrigindo rumos e acertando o passo. Reafirmando o compromisso assumido nas urnas em trabalhar, incansavelmente, em benefício da população, sempre em busca de uma vida melhor para todos e todas. Superando os próprios limites para atingir as metas traçadas. Se olhando no espelho e encarando outros olhos. Nossa comparação será com nós mesmos. Teremos que ter melhores resultados, errando menos, ajustando setores, substituindo peças, promovendo mudanças e sendo implacáveis com a corrupção. Governando vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, durante quarenta e oito meses… Em plantão permanente e alerta máximo, tratando a coisa pública com o zelo que a lei exige, o compromisso que a ética recomenda e o carinho que vem do berço ancestral.

A lógica governamental se mantém na mesma pisada, mas as estratégias gerenciais e ferramentas públicas, em busca desse aperfeiçoamento, ganham novos contornos. Potencializar a máquina administrativa, azeitando suas engrenagens, fundindo secretarias, extinguindo cargos, entrelaçando competências e ajustando posturas. Essa é uma prática que já se encontram em andamento e que permeará os próximos quatro anos. Temos pressa nesses objetivos.

A busca constante por maior eficiência no serviço público passa, também, pela valorização dos profissionais que integram seus quadros. Isso já ficou patente nesse primeiro mandato, com a implantação da data base, reajustes anuais, salários extras, concursos e premiações para diversas categorias; contratação de quase 11 mil servidores concursados e a qualificação de 143 mil profissionais, em mais de 3 mil cursos. Para justificar as áreas meios, os fins, a ponta do Governo tem que estar preparada e motivada para prestar um serviço à altura do que deseja e exige a população. Esse é um processo continuado, irreversível. Nós, servidores públicos e o próprio serviço publico, existimos enquanto meio e em função de um fim, o atendimento às necessidades e interesses da população, em geral.

Também é crescente, contínuo e visível o desenvolvimento econômico do Estado, traduzido em números que impressionam pelo volume e rapidez com que foram sendo acumulados: maior crescimento proporcional do ICMS do país; segundo maior gerador de empregos formais do Nordeste (foram quase 100 mil novos postos de trabalho até novembro último, cujo saldo, aferido pelo Ministério do Trabalho, é a diferença entre admissões e desligamentos, tanto no setor privado, como na esfera pública); o dobro da taxa de crescimento econômico do Brasil, na base de 5,7%, segundo o IBGE; 191 novas indústrias instaladas ou em instalação, canalizando investimentos privados da ordem de R$ 6,5 bilhões; consolidação do polo cimenteiro; movimentação recorde do Porto de Cabedelo; reformas dos distritos industriais e construção do Parque Industrial de Caaporã, alavancando, definitivamente, o desenvolvimento da região sul do Estado.

Nessa equação, articulando a macroeconomia e seus os grandes investimentos com a base da economia, ampliando o poder de consumo e estimulando o desenvolvimento de baixo para cima, foi extremamente importante a atuação do programa “Empreender PB”, injetando nos segmentos mais populares R$ 78 milhões, beneficiando diretamente quase 35 mil pessoas, que hoje não dependem mais de favores de quem quer seja. Esse programa é um dos orgulhos da nossa Nova Paraíba, alvo de ataques de muitos que não conseguem compreender a importância e a dimensão de um programa republicano e que busca valorizar o talento e o suor de pessoas que ganham uma nova chance na vida para viver do seu próprio trabalho, com um financiamento público. Só seremos plenamente felizes se todos crescerem juntos, de forma solidária e sustentável. Essa é a orientação, esse é o mantra.

Renda e moradia. Foram cerca de R$ 800 milhões investidos em novas unidades habitacionais por toda a Paraíba. São mais de 14 mil famílias beneficiadas no período, morando com dignidade e conforto; em construção, são 9.253, com entrega prevista para breve; projetos prontos somam mais de 10 mil… Nos próximos quatro anos, iremos nos empenhar ainda mais para ampliar essa diminuição do nosso déficit habitacional.

Na agricultura, o cenário não foi diferente. O Governo priorizou ações de assistência a agricultores, pecuaristas e à população em geral para enfrentamento da estiagem imediata e projeções para o futuro. Foram perfurados 1.180 poços, 177 municípios abastecidos com carros-pipa, distribuição de quase 50 mil toneladas de ração animal, além de 557 mil raquetes e mudas de palma forrageira resistentes às pragas da cochonilha do carmim; aquisição de quatro perfuratrizes; importação de embriões de caprinos e ovinos de alto padrão genético, da África do Sul; mais 160 mil famílias atendidas com ações educativas sobre tecnologia e informação para captação e uso adequado da água, na construção ou reforma de barragens subterrâneas, poços, pequenos açudes, barreiros e cisternas… Apenas através do Projeto Cooperar, numa parceria com o Banco Mundial, foram destinados 50 milhões de reais, voltados para o desenvolvimento sustentável de pequenas comunidades, com foco na redução da pobreza, favorecendo mais de 27 mil famílias. No nosso Governo, a agricultura tem sido vista e tratada como área estratégica, merecendo, inclusive, a criação da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e Desenvolvimento do Semiárido. Isso tudo porque sabemos que o campo é a base de tudo.

Mas essa evolução econômica só seria possível, senhoras e senhores, porque introduzimos a lógica da educação fiscal e equilibramos as contas públicas, fechando o ano de 2014 cumprindo rigorosamente os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, atingindo 49% da receita corrente líquida, bem diferente dos 56,92%, ao chegarmos ao Governo. Quero, aqui, compartilhar a preocupação diante a perspectiva de um cenário difícil, sombrio, na economia, para o ano de 2015. A Paraíba não é uma ilha. Sofremos os efeitos de uma retração da atividade econômica nacional que reduz o Fundo de Participação do Estado e dificulta novos investimentos. Devemos ter, tal qual os demais Estados brasileiros, todo o cuidado para que não venhamos a abalar qualquer descontrole no crescimento dos três principais itens das despesas, que são o custeio, a folha de pessoal e a previdência. Manter a capacidade de pagamento das despesas do Estado é a nossa maior conquista.

No entanto, senhoras e senhores, embora os indicadores sejam positivos, não podemos descansar e nem dispensar um minuto na busca pelo tempo perdido. O desenvolvimento efetivo chegou, mas precisamos acelerar e ampliar seus resultados. Precisamos garantir avanços plenos que sejam imunes a retrocessos. Temos que assegurar que os investimentos em infraestrutura espalhados por todo o Estado – que continuarão na casa dos bilhões de reais – tenham como único propósito o melhor usufruto da população, desde o início, desde as intenções, os projetos, as licitações, os repasses, os materiais, os usos e continuidades inerentes na aplicação do dinheiro público.

E é como parte efetiva da materialização desse eixo programático que começo este novo Governo anunciando a criação do Conselho Estadual de Transparência, ciente que a informação é o grande instrumento de organização de uma sociedade e que esta sociedade, mais que fiscalizar, também precisa ser coresponsável pelos avanços e recuos ocorridos na esfera pública e coletiva. Esse será um instrumento que a população tomará para si, como guardiã direta dos seus interesses. Ao lado de outros órgãos de monitoramento e fiscalização, como o Tribunal de Contas do Estado, a Assembleia Legislativa, o Ministério Público, a imprensa responsável e as ouvidorias internas, o Conselho de Transparência irá permitir que subamos mais um degrau ético, técnico e político na conjunção de convivências mais harmoniosas entre Governo e sociedade.

Estamos aqui para servir e não para nos servir.

A honraria que me cabe neste instante – da mesma forma que à presidenta Dilma, em Brasília, a quem eu peço uma salva de palmas pela nova investidura –, em ostentar pela segunda vez a faixa de governante de seu povo, está na mesma proporção da ampliação das responsabilidades. Concluímos o primeiro mandato com obras e serviços e iniciaremos o segundo com obras e serviços. E para marcar essa nova maratona, nada mais adequado do que inaugurar nos próximos dias um dos maiores e melhores espaços para treinamento esportivo da América Latina, a “Vila Olímpica Parayba”, o antigo Dede, cujo uso pelos atletas paraibanos garantirá uma nova etapa nas conquistas desportivas e inclusão social. Vem no somatório dos investimentos realizados na área, principalmente nas profundas reformas dos estádios “Almeidão” e “Amigão”. Já neste primeiro trimestre, a Paraíba receberá uma obra emblemática, pelo que representou no passado e significado de futuro, a Barragem de Camará. Também receberá a Adutora de Pocinhos e São José, estradas, escolas, o “Cidade Madura” de Campina Grande, entre inúmeros outros espaços, ações e investimentos. Até o final de março, estaremos entregando a terceira e última etapa do Centro de Convenções de João Pessoa, inaugurando um dos três maiores teatros do Brasil, o “Ariano Suassuna”, com mais de três mil lugares. Os grandes espetáculos locais, nacionais e internacionais terão, agora, um teto seguro, brilhando sob a forte luz que banha o extremo oriental das Américas.

Isso, para as próximas semanas. Já nos quatro anos de Governo, na área de desenvolvimento humano, iremos construir mais condomínios “Cidade Madura”, por toda nossa querida Paraíba; universalizar o acesso ao ensino fundamental em tempo integral; dobrar o número de escolas de Ensino Médio, com educação integral; ir em busca, cada vez mais, de tornar a escola “útil”, ao fazê-lá interagir com a realidade socioeconômica do Estado e de seus alunos; instituir o passe livre para estudantes de ensino médio da rede estadual; construir o Hospital de Traumas do Sertão e o Hospital da Mulher, na Maternidade Frei Damião; construir o Centro de Pesquisa e Diagnóstico Neurocerebral, em Campina Grande; instalar o curso de Medicina na UEPB e criar novos campus; aumentar para R$ 50.00 o abono natalino das 504 mil famílias cadastradas no “Bolsa Família”; além de instituir e ampliar vários programas para a juventude, como o “Jovem de Futuro” (que são cursos gratuitos para concurseiros de baixa renda), “Gira Mundo” (programa de intercâmbio para o exterior com estudantes da rede estadual), “Atleta do Futuro” (permitindo o deslocamento de atletas para treinamento em centros em outros Estados e países) e “Novos Valores” (abrindo espaço em áreas do próprio Governo para absorção de estagiários).

Apenas com um olhar diferenciado, proporcionado pela educação e conhecimento, podem assegurar um amanhã mais suave.

No campo da segurança hídrica, o Governo buscará construir, numa parceria com o Governo Federal, o Sistema Adutor da Borborema (que garantirá água para as regiões do Cariri e Curimataú/Seridó), o terceiro eixo da Transposição do Rio São Francisco, no Vale do Piancó, e o esgotamento sanitário nos municípios que receberão as águas da transposição. Estamos e continuaremos lidando de frente com os problemas de estiagem, essa mazela secular que só pode ser combatida com inteligência, planejamento e solidariedade.

Na área de segurança pública iremos dobrar o número de UPS, adquirir mais 2 helicópteros, aumentar o efetivo, com a realização de concurso, incorporar gradativamente a remuneração do ativo para o inativo e pagar a bonificação do risco de vida aos policiais. Tudo para garantir a continuidade do combate à violência por homens e mulheres treinados, equipados e estimulados a esse trabalho tão essencial à coletividade. Travamos uma guerra contra o crime organizado e não daremos trégua aos quem vivem à margem da lei.

Na área de mobilidade, já estamos articulando um novo financiamento de mais de 600 milhões de reais, para a segunda etapa do Programa Caminhos da Paraíba. Obras que vão ampliar o leque de intervenções do primeiro Governo, como o Anel do Cariri, as Rodovia da Reintegração, da Produção e do Minério, o Trevo de Mangabeira, o Viaduto do Geisel, a duplicação da Avenida Cruz das Armas, Binário da Avenida Liberdade, além de pontes, travessias urbanas e passagens molhadas.

O turismo, neste segundo mandato, continuará a receber volumosos investimentos, consolidando um importante setor da economia, que vem ampliando a oferta de produtos, serviços e empregos, a partir da abertura do Centro de Convenções de João Pessoa, o destravamento jurídico, após quase três décadas, do Polo Turístico do Cabo Branco, e a revitalização do Vale dos Dinossauros, em Sousa, em parceria com o Governo Federal. Entre outras ações relevantes para o setor, construiremos o Centro de Convenções de Campina Grande, equipamento estratégico para a cidade e o Estado. “Vamos receber bem o turista, que ele volta”. Embora antiga, a frase continua com a mesma eficácia de sempre, acrescida da lógica instalada desde a época em que estivemos a frente da Prefeitura de João Pessoa, quando priorizamos a elevação da qualidade de vida do cidadão e cidadã, melhor indicador aos que desejam conhecer um lugar.

Nesse trabalho permanente de autoconhecimento, daremos prosseguimento ao estímulo às pesquisas em ciência e tecnologia, num Estado que é o quinto lugar no ranking nacional em doutores por cada mil habitantes. Foram mais de R$ 47 milhões aplicados em projetos de pesquisa, além da ampliação da rede de fibra ótica, interligando 55 municípios entre João Pessoa e Cajazeiras. Nossa perspectiva é dobrar recursos e ações, pois entendemos a função estratégica do setor, garantindo as bases futuras do desenvolvimento através do conhecimento.

Mas nenhuma ação pragmática, senhoras e senhores, nenhuma obra física, nenhum investimento volumoso em tecnologias e equipamentos seriam úteis caso não fossem destinados ao crescimento do ser humano, permitindo que a história de cada um, sua cultura, suas práticas artísticas, suas crenças, seus costumes e valores sejam preservados e exercidos plenamente, em espaços dignos e em práticas inclusivas, a exemplo deste Espaço Cultural José Lins do Rêgo, que recebeu sua primeira grande reforma, desde a inauguração, bem como os teatros Santa Roza, Íracles Pires e Cine Teatro São José, casas do povo que voltam ao povo, para o exercício do belo, do contemplativo, do controverso, do engenhoso… Espaços para o diálogo das razões e emoções, como o Programa de Inclusão Através da Música e das Artes, o “Prima”, que vem promovendo a formação de estudantes de escolas públicas em áreas carentes. Em quatro anos, o Prima atendeu 1.200 crianças em dez cidades paraibanas, com dezenove polos instalados. São orquestras espalhadas por todos os recantos, onde mais importante que aprender a tocar instrumentos, é semear cidadania e direitos. Com a implantação do Sistema Estadual de Cultura, outro significativo item da pauta, estamos prontos para identificar, interagir e potencializar aptidões e movimentos por todo o Estado, estimulando o surgimento de artistas, técnicos e artesãos envolvidos com um dos segmentos mais importantes na área de desenvolvimento humano.

E é com o espírito do dever parcialmente cumprido que agradeço a confiança do povo paraibano para completar essa honrosa missão. Gostaria imensamente – e para isso trabalharei ainda com mais afinco – de passar o cargo ao meu sucessor, em janeiro de 2019, deixando como legado às futuras gerações um Estado ativo, com uma economia vigorosa, mais desenvolvido, mais justo e inclusivo. Um Estado que mantenha e amplie programas como o “Círculo do Coração” e o “Acolher”, salvando e dignificando vidas. Humanizando as relações entre o Poder e o Povo.

Serei um homem e um gestor feliz quando a democracia participativa estiver arraigada na sociedade, quando crianças, trabalhadores, estudantes, donas de casa, operários, idosos, pessoas com deficiência, atletas, índios, gays, ciganos, artistas, empresários, agricultores, profissionais liberais e todos os inúmeros segmentos que compõem uma sociedade complexa e em permanente evolução usufruam dos benefícios e respeito gerados pela experiência deste projeto democrático popular. Nessa ocasião – e apenas nessa circunstância – poderei afirmar com convicção que a tarefa estará concluída.

Afinal, como vaticinou um dia o inesquecível poeta Lúcio Lins,

“Voar é preciso eu preciso embora de asas abertamente flechadas”

Obrigado, Paraíba! Sigamos ao futuro!

RICARDO COUTINHO Governador

Com Secom/PB

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