O PT sempre foi uma “noiva” cobiçada pelo PMDB na Paraíba. Tanto que nas duas últimas eleições estaduais – em 2006 e 2010 – selaram uma aliança digna de qualquer “casamento”, com o PMDB indicando o candidato a governador e o PT o vice. Com a bênção das direções nacionais. Mesmo com as divergências e até dissidências, os dois partidos chegaram a assumir o Palácio da Redenção com a cassação do então governador Cássio Cunha Lima (PSDB), reeleito em 2006.
Apesar de manterem o “casamento” em nível nacional, com a presidente Dilma Roussef candidata a reeleição e Michel Temer como vice, o cenário na Paraíba agora é de separação litigiosa ou até divórcio. O PMDB já decidiu que terá candidato ao Governo do Estado e o PT bateu o pé. após a eleição de Luciano Cartaxo para prefeito de João Pessoa, e não aceita mais ser coadjuvante. Quer trocar o papel de “esposa” pelo de marido.
O PMDB tem a maior estrutura de prefeitos e nomes fortes como José Maranhão, Veneziano Vital e Vital Filho. O PT não elegeu muitos prefeitos, mas controla o maior colégio eleitoral do Estado. Tem também um nome de Luciano Cartaxo em ascenção e a possibilidade de filiação de Luciano Agra, outra grande expressão eleitoral do momento.
Juntos, podem apresentar uma chapa competitiva em 2014. Separados, não passam de grandes interrogações. Podem até obter sucesso, mas também podem mergulhar num mar de desgaste e fracasso, em caso de derrota.