Juventude do PSD terá filho de Hervázio Bezerra como candidato a vereador na Capital

A Ala da Juventude do PSD (Partido Social Democrático) em João Pessoa lançou oficialmente a candidatura do líder estudantil e filho do deputado Hervázio Bezerra (PSDB), Léo Bezerra para vereador da capital paraibana.

O lançamento ocorreu na última quarta-feira, 27, no auditório do Sebrae, na Convenção do PSD, onde foram lançados também outras 35 pré-candidaturas para a Câmara Municipal de João Pessoa. Na ocasião foi decidido também o apoio total à candidatura da jornalista Estelizabel Bezerra a Prefeitura de João Pessoa pelo PSB.
Em um breve discurso, Léo Bezerra falou da importância da sua candidatura, “sinto-me extremamente feliz por participar desse pleito, sei que não será fácil reconquistar a honrosa cadeira deixada pelo meu pai, o hoje deputado Hervázio Bezerra, mas com a graça de Deus e a vontade do povo, alcançaremos esse objetivo com bastante humildade e acima de tudo, força e fé nos ideais”, finaliza Léo.
Esteve presente na ocasião o Presidente do PSD na Paraíba, o vice-governador Rômulo Gouveia, o Governador do Estado, Ricardo Coutinho, a pré-candidata pelo PSB, Estelizabel Bezerra e demais autoridades municipais e estaduais.
Parlamento-PB

Com dificuldades para fechar alianças, Cícero disfarça isolamento com bravatas

O PSDB jamais encontrou tantas dificuldades para garantir alianças políticas em João Pessoa. Nem mesmo nas duas últimas eleições municipais, quando lançou candidatos mais fracos, eleitoralmente, que agora. Tanto na época de João Gonçalves quanto na de Ruy Carneiro, que disputaram o mandato de prefeito com apoio (?) do atual senador e candidato tucano, Cícero Lucena, partidos se ofereciam ao PSDB. Não todos, mas alguns.

Hoje, com um candidato vice-líder nas pesquisas de opinião pública, o PSDB não apresentou sequer um único aliado até agora, restando menos de duas semanas para o fim do período de convenções. Diferente do PMDB, do PT e do PSB, seus principais adversários. O senador Cícero Lucena, quando questionado, afirma que as composições estão acertadas, mas não revela os partidos para não perdê-los. Pura bravata.

Se tivesse mesmo alianças definidas, Cícero já teria colocado as cartas na mesa. Até para se consolidar entre os supostos favoritos. Afinal, quem se apresenta em vantagem, tem mais chances de atrair os indecisos. A regra não serve apenas para eleitores, mas também no caso de partidos.

A verdade é que o tucano sofre um processo de isolamento que pode até ser revertido de última hora, mas não será tarefa fácil. O próprio candidato estaria ciente dos riscos que corre, alertado pelos discípulos mais próximos. A maior prova desse isolamento é o comportamento do DEM, seu fiel parceiro de tantas batalhas. O partido vem fugindo de Cícero Lucena como o diabo foge da cruz. E não admite nem conversar sobre coligação. Parece que tomou abuso. Se o DEM, que era parceiro, age dessa forma, imagine as dificuldades para chegar a outras legendas menos afinadas?

Se o candidato do PSDB não tomar cuidado, esse isolamento pode se consolidar mais rápido que suas pretensões. E isso não é bom. Nem para ele, nem para os integrantes de sua chapa proporcional.

Livre, leve e solto, DEM exige vaga de vice de Estelisabel

O DEM sempre foi visto como oportunista, desde de sua origem lá no antigo PDS. Não seria diferente agora. A crise no PSB o fez ver lembrar que seu valor “comercial” aumentou. Não se restringe mais ao tempo de televisão.

Ciente disso, o ex-senador Efraim Morais esqueceu até mesmo que ainda é auxiliar do governador Ricardo Coutinho e mandou recado ao chefe. Ao contrário dos matrimônios tradicionais, o DEM quer um “dote” para servir de noiva, ao invés de oferecer.

Esse dote é a vaga de vice de Estelisabel Bezerra, escolhida candidata a prefeita pelo PSB. Até nomes o DEM já apresentou para o lugar: o empresário Júnior Evangelista, o vereador Bosquinho e o procurador federal Eitel Santiago.

Sem qualquer demérito para os indicados. O problema é que o DEM nada fez para ajudar Estela a se consolidar como candidata. Diferente do PSD, por exemplo, que sempre foi porta-voz do “Volta Agra”. Podiam os Democratas pelo menos dar um tempo para “esfriar a poeira” no PSB.

Na verdade, a pressão do DEM não é só em João Pessoa, justiça se faça. Em Campina Grande, o partido também exige a vice para apoiar Romero Rodrigues, candidato governista. Afinal, uma boa barganha nunca fez mal ao partido.

Presidente do DEM, Efraim Morais apresentou nomes para a vaga de vice

Agra “arma” tropa e busca aliados de Ricardo para disputar convenção

A posição da direção nacional claramente favorável à candidatura de Estelizabel Bezerra parece não incomodar o prefeito Luciano Agra que começou a buscar reforços para sua tropa de choque visando o embate final na convenção do PSB, onde pretende bater chapa com a escolhida de Ricardo Coutinho. Ainda na noite de quinta-feira, após ter sido praticamente abandonado pelos principais dirigentes do partido, Agra deu início a uma mobilização buscando atrair aliados da base do governador ao seu projeto.

Um dos alvos teria sido o PSL, do deputado Tião Gomes, convidado a ocupar uma secretaria na gestão do prefeito. O convite teria sido rejeitado. O PDT, de Damião Feliciano, também estaria na mira de Agra, mas o deputado deixou claro que está fechado com a candidatura Estelisabel. Até o irmão do governador, Coriolano Coutinho, o parlamentar empregou em seu gabinete, em Brasília, para mostrar seu alinhamento ao Palácio da Redenção.

O PPS, de Nonato Bandeira, é hoje bem mais que um aliado do prefeito. O grupo ricardista suspeita até que os dois – Agra e Bandeira – teriam um acordo de apoio mútuo, selado após a desistência do prefeito de disputar a reeleição. Pelo acordo, Nonato empunharia, mesmo que de forma discreta, a bandeira do “Volta Agra” até o fim do processo, ou seja, a convenção do próximo dia 10, quando será homologado o candidato do PSB.

Na hipótese de derrota na convenção, o prefeito votaria no pré-candidato do PPS. Com ou sem acordo, Agra joga suas últimas fichas para voltar a ser candidato. Até agora, só conseguiu se distanciar ainda mais do governador Ricardo Coutinho.