MPF processa Efraim Morais por improbidade e manda ex-senador devolver R$ 750 mil aos cofres públicos

Por essa, o ex-senador Efraim Morais não esperava. Ou será que esperava? Depois dos “fantasmas”, agora é a internet que o apavora. O Ministério Público Federal do Distrito Federal “pegou no pé” do político de Santa Luzia e o acionou na justiça. Além da indisponibilidade dos bens, o MPF sugere que Efraim devolva aos cofres públicos a importância de R$ 750 mil pelos prejuízos causados entre 2005 e 2008, período em que foi primeiro secretário do Senado Federal.

Efraim é acusado de irregularidades no Interlegis, do qual era diretor nacional, retirando servidores que deveriam estar “exclusivamente vinculados ao programa” e deixando-os à disposição da Primeira Secretaria, também sob sua responsabilidade. A argumentação para sustentar as penalidades é dura. O MPF, no processo nº 38877-09.2012.4.01.3400, afirma que o então senador “agiu de forma intencional, com dolo, pois a transferência dos servidores foi feita por meio de requisições de sua autoria”.

A demanda judicial é mais um golpe certeiro contra o ex-senador que ainda tenta se recuperar dos estragos causados pelos servidores “fantasmas” que rondavam seu gabinete, quando estava no poder. Tal qual a argumentação dos procuradores, as penas previstas também são duras.

Se for condenado, Efraim poderá ter suspensos os direitos políticos, perder a função pública, ficar impedido de contratar com o Poder Público, receber incentivos e creditícios e ainda pagar multa. Além, é claro, da indisponibilidade dos bens e do ressarcimento integral pelos danos causados.

Desde que resolveu se opor radicalmente ao então presidente Lula e ao PT, quando era líder da Minoria no Senado, Efraim tem enfrentado um verdadeiro inferno astral. Parece até praga de petista ortodoxo.

Livre, leve e solto, DEM exige vaga de vice de Estelisabel

O DEM sempre foi visto como oportunista, desde de sua origem lá no antigo PDS. Não seria diferente agora. A crise no PSB o fez ver lembrar que seu valor “comercial” aumentou. Não se restringe mais ao tempo de televisão.

Ciente disso, o ex-senador Efraim Morais esqueceu até mesmo que ainda é auxiliar do governador Ricardo Coutinho e mandou recado ao chefe. Ao contrário dos matrimônios tradicionais, o DEM quer um “dote” para servir de noiva, ao invés de oferecer.

Esse dote é a vaga de vice de Estelisabel Bezerra, escolhida candidata a prefeita pelo PSB. Até nomes o DEM já apresentou para o lugar: o empresário Júnior Evangelista, o vereador Bosquinho e o procurador federal Eitel Santiago.

Sem qualquer demérito para os indicados. O problema é que o DEM nada fez para ajudar Estela a se consolidar como candidata. Diferente do PSD, por exemplo, que sempre foi porta-voz do “Volta Agra”. Podiam os Democratas pelo menos dar um tempo para “esfriar a poeira” no PSB.

Na verdade, a pressão do DEM não é só em João Pessoa, justiça se faça. Em Campina Grande, o partido também exige a vice para apoiar Romero Rodrigues, candidato governista. Afinal, uma boa barganha nunca fez mal ao partido.

Presidente do DEM, Efraim Morais apresentou nomes para a vaga de vice