O resultado da reunião de sábado passado, em que o PSL decidiria sobre em quem votará para prefeito de João Pessoa nas eleições de outubro próximo, mostra o quanto anda acirrada a disputa por apoios políticos, principalmente partidários, no principal colégio eleitoral do Estado. Restando menos de duas semanas para fim do prazo de realização das convenções, a proposta de adesão à candidata da situação, Estelisabel Bezerra (PSB), não foi consensual e a direção do PSL decidiu adiar a definição para o próximo dia 30.
O adiamento acabou beneficiando todas as partes. Permitirá que a candidata do PSB tente convencer os dissidentes a apoiá-la, dará tempo aos principais candidatos de oposição – José Maranhão (PMDB), Cícero Lucena (PSDB) e Luciano Cartaxo (PT) – para que possam ampliar sua participação entre os diretorianos, e ainda possibilitará ao PSL adotar os cuidados necessários para evitar futuros prejuízos ao partido.
Seja qual for o desfecho final, o episódio atesta a existência de uma guerra surda, embora intensa, nos bastidores pelo apoio dos chamados coadjuvantes do processo eleitoral. São, em sua maioria, pequenos partidos, mas há também grandes. Todos terão até o final do mês para “escolher um lado”.
