Mesmo com os constantes desmentidos do presidente estadual, ex-governador José Maranhão, e do próprio Veneziano Vital do Rego, a possibilidade de o PMDB se aliar ao senador Cássio Cunha Lima, pré-candidato a governador pelo PSDB, torna-se a cada dia mais real. E não por conta de boatos, como tratam essas lideranças peemedebistas as informações sobre a suposta desistência de candidatura, mas sim com base em declarações dos próprios filiados.
Que o digam os deputados Manoel Júnior e Trócolli Júnior que, além do sobrenome, têm demonstrado sintonia também no discurso. Manoel foi rápido “no gatilho”, ao tomar conhecimento da resistência do PT em aceitar a coligação com o PMDB na chapa proporcional. “Se o PT não aceitar, defendo que o PMDB firme aliança com o PSDB”, sustentou.
Estacionada num incômodo terceiro lugar em todas as pesquisas até aqui realizadas, a candidatura de Veneziano vem afugentando apoios e provocando desconfiança dos próprios correligionários. Ninguém dentro do PMDB ou em partidos aliados entende por que o Cabeludo não ultrapassa os 10% da preferência do eleitorado. E como a resistência ao PSB do governador Ricardo Coutinho é bem maior, não seria exagero dizer que o PMDB caminha célere na direção do palanque de Cássio Cunha Lima.
Parece ser apenas questão de tempo.