Quantidade, mesmice e “burocracia” sufocam objetivos de debates entre candidatos

O debate um dos instrumentos mais importantes da democracia. Tanto que foi adotado pelo processo eleitoral, onde a populao escolhe seus representantes, e teve o raio de atuao ampliado ao ser transmitido pelos veculos de comunicao. Mas, a falta de criatividade, de contedo e o longo perodo de durao, muitas vezes decorrente da “burocracia” imposta por regras questionveis, vem afetando a imagem desse instrumento junto ao eleitorado.

A eleio de Joo Pessoa um exemplo da decadncia dos debates. Embora ainda tenham razovel audincia, por causa do acirramento da campanha, os debates passaram a ser questionados por telespectadores e ouvintes. Muito mais pela quantidade e qualidade de contedo do que por sua importncia no processo.

O embate de ontem noite, entre os candidatos Ccero Lucena (PSDB) e Luciano Cartaxo (PT) foi praticamente uma reprise televisiva dos eventos promovidos pelas rdios Correio e Arapuan. Nada contra a TV Master, mas a ordem cronolgica acaba ajudando a uns e prejudicando a outros veculos de comunicao.

Em resumo, o que se viu ontem foi um Ccero Lucena insistindo em atacar a gesto de Luciano Agra e cobrando que seu oponente assuma o nus pelas denncias, j que recebe apoio do atual prefeito. Na outra ponta, vimos Luciano Cartaxo se defender alegando que no prefeito ainda e sugerindo do tucano que apresente propostas para os problemas da cidade, ao invs de adotar a ttica do denuncismo sem provas.

Ou seja, a mesma coisa exposta nos debates anteriores. Talvez a culpa nem seja dos candidatos, mas eleitor nenhum precisa ouvir e ver a mesma coisa quase todo dia para definir seu voto. No sou contra os debates, mas acho que se as regras no forem alteradas esse importante instrumento pode descambar para oi insucesso, prejudicado candidatos, eleitores e a prpria democracia.

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