Marcus Vinicius tem experi�ncia na comunica��o (Imagem da Internet)

O prefeito Luciano Cartaxo (PT) confirmou na tarde de ontem o vereador Marco Antonio cartaxo (PPS) como novo l�der de sua bancada na C�mara Municipal de Jo�o Pessoa. Tamb�m anunciou o vereador Marcus Vinicius (PSDB) para a Secretaria de Comunica��o Social. Enfim, n�o houve surpresa na t�o propalada reforma do secretariado, adiadas por diversas vezes.equipe ter� ainda Lucius Fabiani na Secretaria Municipal da Articula��o Pol�tica e Gest�o Governamental e outro vereador, Bruno Farias (PPS), na pasta do Turismo. Para o PP n�o ficar com inveja do PPS, Cartaxo deu a Secretaria de orienta��o e Defesa do Consumidor (antigo Procon) ao vereador H�lton Rern�.

Outros tr�s secret�rios foram efetivados. C�ssio Andrade, na Secretaria Municipal da Infraestrutura, Adenilson Ferreira, na Secretaria Municipal da Receita, e Bruno Sit�nio na Secretaria Municipal das Finan�as, passando a ter como adjunto o auditor fiscal de carreira Valdeci Ara�jo J�nior. Thiago Lucena, que respondia pela Secretaria Adjunta da Administra��o, passa a ser secret�rio adjunto do Trabalho, Produ��o e Renda.

Como o blog antecipou, foi uma reforma pol�tica e n�o t�cnica. Serviu apenas para acomodar aliados e “amarrar” apoios para o irm�o do prefeito, Luc�lio Cartaxo, pr�-candidato a deputado federal.

Bira: de l�der a renegado (Imagem da Internet)

O vereador Bira Pereira (PT) entregou a lideran�a do prefeito Luciano Cartaxo alegando falta de tempo, mas pelos corredores da C�mara Municipal o motivo dessa decis�o tem outro nome. Bira estaria insatisfeito com a falta de prest�gio na gest�o municipal, onde seu nome era muito mais “respeitado” quando o prefeito era Luciano Agra, hoje no PEN. Na condi��o de l�der, Bira teria muito mais proje��o midi�ticas e estruturais do que como simples vereador governista. Em situa��es normais, o cargo de l�der ajudaria – e n�o atrapalharia – em seu projeto de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa, em outubro pr�ximo.

A verdade � que Bira “se deu” muito mais do que recebeu em troca, em sua rela��o com Cartaxo. Abandonou o PSB de Ricardo Coutinho para ficar mais pr�ximo do prefeito e ser escolhido l�der de sua bancada. Para isso, teve que “abandonar” o outro Luciano (Agra) que lhe deu a m�o. De outro jeito, jamais teria tal proje��o. Em troca, Bira tornou-se a “caixa de resson�ncia” de queixas dos vereadores da situa��o e, poucas vezes, viu resolvidas as quest�es por ele encaminhadas. O resultado eram novas queixas: desta vez, da falta de prest�gio do l�der.

Enquanto isso, os mais queixosos, como os vereadores do PPS, est�o prestes a receber de bandeja uma secretaria ou a pr�pria lideran�a do prefeito. O vereador Marco Antonio Cartaxo (coincid�ncia) � cotado para a vaga, seja de secret�rio ou de l�der. A Bira, resta o consolo de obter pelo menos a legenda do PT para concorrer ao t�o sonhado mandato de deputado.

Isso, se ficar comportado at� as conven��es.

Pr�-candidato a senador pelo PTC, o ex-deputado Walter Brito Filho mandou hoje recados aos supostos concorrentes.

Brito disse que, ao contr�rio de outros pretendentes, n�o depende de “conchavos” para disputar as elei��es. “O eleitor est� vendo tudo, acompanhando as negociatas e dar� resposta nas urnas”, alertou.

Embora n�o tenha citado nomes, o pr�-candidato deu a entender que os recados seriam para Wilson Santiago, C�cero Lucena e Efraim Morais, que fazem exig�ncias e imp�em condi��es em torno de suas pretens�es ao Senado.

Brito foi bem realista.

Mans�o de Dami�o � beira-mar (Imagem da Internet)

O deputado federal Dami�o Feliciano (PDT) � considerado um “expert” em mat�ria de articula��es, principalmente envolvendo cargos p�blicos. Mant�m o filho, Renato Feliciano secret�rio estadual de Turismo, no governo Ricardo Coutinho (PSB), e Daniela Almeida Bandeira, na superintend�ncia do Patrim�nio da Uni�o na Para�ba, mesmo sendo o governador advers�rio da presidente Dilma Roussef.

Mas, Dami�o � tamb�m um homem de sorte. A Superintend�ncia do Patrim�nio da Uni�o mandou derrubar tudo que � barraca irregular instalada na orla mar�tima, entre Cabedelo e a praia do Pessoa, em Jo�o Pessoa. Comerciantes com mais de vinte anos no local, como os propriet�rios do Bardo Marc�o, Cibelle Bar e Bar do Surfista, tiveram que se mudar por estarem ocupando irregularmente �reas pertencentes � Uni�o.

Como n�o � comerciante, o deputado Dami�o Feliciano, que indicou a atual superintendente, foi poupado. Sua pequena mans�o de 300 metros quadrados de �rea constru�da permaneceu intacta, mesmo invadindo local privativo da Uni�o com uma �rea de lazer de fazer inveja a qualquer rica�o da orla carioca. Com direito a piscina e churrasqueira em �rea de preserva��o permanente.

O Minist�rio P�blico Federal Investigou casos de invas�es, determinando a demoli��o de �reas em mais de 40 casas, entre Mana�ra e Bessa, entre 2010 e 2011. Mas, a SPU n�o incluiu o im�vel de Dami�o. H� tamb�m uma decis�o judicial referente ao processo N� 0005401-90.2010.4.05.8200, em tramita��o na 1� Vara Federal de Jo�o Pessoa, onde n�o cabe mais recurso. De acordo com a senten�a, a �rea ocupada irregularmente deve ser removida e o propriet�rio multado. Mas, como se trata de Dami�o Feliciano, a SPU n�o entendeu assim.

Imagem a�rea da casa do deputado (Imagem da Internet)

Ali�s, h� um fato curioso em rela��o ao im�vel onde mora Dami�o, que estaria em nome do ex-presidente do Tribunal de Contas do Amap�, J�lio Miranda, aquele mesmo que teve seu nome envolvido em alguns esc�ndalos sob acusa��o de desvio de dinheiro p�blico, forma��o de quadrilha, peculato, improbidade administrativa e lavagem de dinheiro, objeto de opera��es da Pol�cia Federal intituladas �m�os limpas� e �m�os vazias�.

Mas, pelo jeito, nada disso incomoda a Superintend�ncia Regional do Patrim�nio da Uni�o. Muito menos o deputado Dami�o Feliciano. O importante mesmo, � deixar comerciantes sem renda, demolindo barracos de gente pobre. O deputado que fique � vontade para usufruir de sua piscina e churrasqueira � beira-mar.

Ruy: Lealdade sem cobran�as (Imagem da Internet)

O projeto pol�tico do PSDB ma Para�ba � garantir palanque para o presidenci�vel A�cio Neves e eleger C�ssio Cunha Lima governador. Qualquer outra hip�tese deve ser tratada como alternativa. Foi com essa vis�o que o senador C�cero Lucena e o deputado federal Ruy Carneiro arregimentaram for�as e argumentos para convencer C�ssio a romper a alian�a com o governador Ricardo Coutinho (PSB) e disputar o Governo do Estado.

Agora, que C�ssio � candidato, vem C�cero Lucena tentar atrapalhar as coliga��es em andamento, em nome de um projeto pessoal de viabilidade eleitoral duvidosa. C�cero passou o tempo todo em Bras�lia, pouco veio � Para�ba desde o in�cio do mandato e sua aus�ncia foi sentida at� mesmo nas bases do PSDB.

Agora, per�odo eleitoral, o senador aparece e quer porque quer ser candidato a reelei��o, quando C�ssio tem a chance de fechar alian�a com o ex-senador Wilson Santiago, “dono” do PTB e com aliados em quase 50 prefeituras paraibanas, ou com o ex-ministro Aguinaldo Ribeiro, presidente do PP, que tamb�m disp�e de tempo de televis�o e estruturas municipais que podem garantir apoio ao projeto tucano. E C�cero, tem o que? A lealdade ao grupo Cunha Lima, � verdade. Mas, que eu saiba, lealdade n�o � moeda de troca. Deve ser exercida por quem � leal e sentida por quem recebe a lealdade. N�o precisa ser oferecida, nem lembrada ou, muito menos, vendida.

Ruy Carneiro, apesar de jovem, tem uma hist�ria de lealdade a C�ssio e a C�cero. Nem por isso fica “passando na cara” de um e de outro o que fez ou deixou de fazer. Mas, os dois senadores sabem, conhecem a postura de Ruy. Desprendimento, humildade e nada de exig�ncias. � como Ruy que C�cero e os demais devem agir para garantir os interesses do PSDB e dos aliados. Projetos pessoais devem permanecer em segundo plano.

A menos que algu�m tenha a deliberada inten��o de minar os planos do grupo.

Imagem da Internet

Os dois lados deram pistas o tempo todo. Wilson Santiago encerrou os entendimentos com outro partidos e disse que s� negociaria com o PSDB. Depois, foi a vez de C�ssio Cunha Lima admitir que o presidente do PTB poderia ser candidato a senador em sua chapa. Para dirimir d�vidas, o blog teve acesso a informa��es concretas que colocam os dois partidos no mesmo palanque nas elei��es de outubro pr�ximo.

Nos bastidores, ningu�m mais duvida que C�ssio e Santiago fecharam acordo, deixando de lado as diverg�ncias das elei��es de 2006, quando o tucano foi cassado e o petebista assumiu boa parte de seu mandato. Pr�-candidato a governador, C�ssio deixou clara a perspectiva de ter o ex-advers�rio como companheiro de chapa durante reuni�o da dire��o executiva estadual do PSDB ocorrida hoje, em Concei��o, na Vale do Pianc�.

A alian�a mexe no tabuleiro pol�tico da Para�ba, a partir do pr�prio PSDB. Tira de cena, por exemplo, o senador C�cero Lucena, “fiel escudeiro” de C�ssio que desejava impor sua candidatura � reelei��o com base em sua suposta fidelidade, mesmo diante das dificuldades que o estigma da “Opera��o Confraria” lhe traria durante a campanha, prejudicando toda a chapa majorit�ria da qual fizesse parte.

O lado positivo da alian�a � que o PTB de Santiago soma � candidatura de C�ssio mais tempo de televis�o e cerca de 50 prefeitos que seguem o ex-senador petebista. Estrutura nada desprez�vel diante de uma campanha que promete ser das mais disputadas de todos os tempos.

A postura do PT de adiar a decis�o sobre uma eventual alian�a para as elei��es de outubro na Para�ba levou o PMDB a acelerar, a partir de agora, os entendimentos com outros partidos.

A Assessoria do pr�-candidato a governador, Veneziano Vital do Rego, informou que o PMDB encarou com naturlidade o resultado do Encontro Estadual do PT, mas n�o vai ficar parado esperando uma defini��o dos petistas.

“O PMDB respeita e vai aguardar as defini��es do PT, mas vai acelerar as discuss�es (sobre alian�as) com outros partidos. N�o vamos ficar parados”, afirmou a assessoria de Veneziano.

Mesmo “acelerando” contatos com outros partidos, o PMDB garante que a proposta para o PT indicar o candidato a senador, na chapa de Veneziano, continua de p�.

Ningu�m sabe at� quando.

O PT confirmou, durante Encontro Estadual de hoje, adiamento da decis�o sobre as elei��es na Para�ba. Com apenas tr�s votos contra, o partido delegou ao diret�rio estadual a escolha entre lan�amento de candidatura pr�pria e alian�a com o PMDB logo em primeiro turno.

De imediato, o PT decidiu apenas condicionar o apoio ao ex-prefeito Veneziano Vital do Rego, pr�-candidato a governador pelo PMDB, � indica��o do nome para o Senado na chapa. Sdegundo o vereador Benilton Lucena, autor da proposta de adiamento, a decis�o foi acertada “diante do clims tenso registrado no partido”.

O diret�rio estadusl n�o tem data para decidir sobre as duas teses, desde que o fa�a antes das conven��es previstas para junho. At� l�, Veneziano e Nadja ter�o bastante tempo para convencer os diretorianos.

Maranh�o abriu m�o de disputar Senado (Imagem da Internet)

Esse lenga-lenga em que se transformou a prov�vel alian�a entre PT e PMDB s� serviu para uma coisa: os petistas “cresceram os olhos” e est�o mais exigentes do que nunca. Antes, o PT queria apenas a vaga de senador para destronar a pr�-candidata ao Governo do Estado, Nadja Palitot, e indicar o irm�o do prefeito, Luc�lio Cartaxo, na chapa majorit�ria. Agora, diante da fragilidade do PMDB, os partid�rios de Cartaxo querem tamb�m que Veneziano e Maranh�o assumam compromisso de apoio � reelei��o do atual prefeito da Capital, em 2016.

O PMDB precisa do apoio do PT para sacramentar a candidatura de Veneziano ao Governo do Estado. Mas, precisa tamb�m disputar em faixa pr�pria a prefeitura do principal col�gio eleitoral do Estado. Ali�s, dois dois principais – Jo�o Pessoa e Campina Grande. Sem um desempenho consider�vel nas duas cidades, o PMDB dificilmente ter� musculatura pol�tico-eleitoral para enfrentar futuros embates no Estado.

Na reuni�o de ontem, o partido de Veneziano deu demonstra��o de “boa vontade”, ao deixar livres as vagas de senador e vice para negocia��es com futuros aliados. Apesar de liderar as pesquisas iniciais, o ex-governador Jos� Maranh�o abriu m�o de disputar a vaga no Senado, reafirmando projeto de tentar retornar � C�mara dos Deputados.

N�o se sabe, entretanto, se a decis�o � suficiente para suprir as necessidades do exigente PT de Cartaxo. Tudo depende do resultado desse encontro de hoje.