Venceu a lógica. Durval Ferreira (PP) foi reeleito hoje pela manhã para o quinto mandato de presidente, mesmo estando ainda iniciando o quinto. E não se trata de vitória da situação ou da oposição. Ele foi reeleito porque teve competência para conquistar a confiança da maioria dos colegas. Os meios para isso podem até ser contestáveis, mas não são diferentes dos que usaria qualquer outro político que estivesse em seu lugar.
Os vereadores Bira (PSB), Fuba (PT), Dinho (PR) e Fernando Milanez (PMDB) bem que tentaram evitar. Criticaram, protestaram, mas tiveram que “engolir” a vontade da maioria. Deixaram o plenário antes da votação por discordarem do processo. Faz parte do jogo democrático. Elisa Virginia e Santino nem compareceram ao plenário, enquanto Lucas Brito (DEM) se absteve.
Restaram vinte votos, incluindo o de Durval. Maioria incontestável e mais uma prova de que o presidente da Câmara Municipal não pode ser visto, politicamente, apenas como mais um vereador. Quem pagou para ver, presenciou um “profissionalismo político” visto recentemente somente na Assembleia Legislativa, onde o deputado Ricardo Marcelo (PSDB) conseguiu a façanha de unir governistas e oposicionistas em nome do seu projeto presidencial. E não teve governo que desse jeito.
Alguns vereadores até brincavam, pouco depois da votação, afirmando que, antes de resolver antecipar a eleição e disputar um novo mandato, Durval teria passado por um “curso intensivo” com o presidente da Assembleia Legislativa.
Durval mostrou que tem uma base sólida na Câmara Municipal de João Pessoa