Aguinaldo nega boicote à nomeação de Vitalzinho, mas os dois acumulam mágoas de campanhas eleitorais

aguinaldo e vital

O ministro Aguinaldo Ribeiro tem se mostrado um pacificador. Vez por outra, aparece pregando a paz e o fim das picuinhas políticas em nome dos interesses da sociedade, seja no âmbito nacional ou local. Talvez seja esta uma das razões de estar tão bem na fita, ostentando inclusive a admiração da presidente Dilma Roussef e até de alguns adversários.

Em visita à Paraíba nesta segunda-feira, Aguinaldo voltou a exercitar o seu lado de “bom moço”, negando que esteja boicotando a nomeação do senador Vital do Rego Filho (PMDB) para o Ministério da Integração Nacional. O ministro falou com propriedade e atacou “setores da imprensa” por “provocarem uma situação que não existe”.

Apesar do discurso firme, Aguinaldo permitiu alguns questionamentos. Primeiro, se a situação inexiste, por que então deixa sempre o ministro irritado quando mencionada?. Segundo, Aguinaldo deveria ter minimizado a repercussão, contestando a informação logo no início. Mas, somente agora vei à público negá-la. Qual seria o motivo da demora?

Talvez porque tenha prevalecido, nessas ocasiões, o seu lado político, de deputado. É público e notório que Aguinaldo e sua família acumulam “mágoas” da família Vital do Rego, a quem enfrentou em campanhas eleitorais em Campina Grande, principal base dos dois grupos. A recíproca também é verdadeira.

Foram muitos os episódios bem destoantes do elevado nível que o ministro das Cidades impõe a seu comportamento público, seja em Brasília ou na Paraíba. E olha que esses fatos não foram registrados ou comentados apenas por “setores da imprensa”, mas também pelos próprios protagonistas, mesmo que, muitas vezes, na ausência de provas. Os detalhes, somente os dois – Aguinaldo e Vitalzinho – poderiam esclarecer.

Portanto, pode até não haver boicote, como garante o ministro. Mas, não se pode apostar em satisfação e boa vontade do deputado Aguinaldo Ribeiro em ter um adversário na equipe de Dilma, justamente quando voltará a ser apenas um parlamentar da base aliada.

 

 

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