Após se retratar com Rômulo Gouveia, Tião Gomes detona PMDB, PSDB, PP e PT: “Só trazem coisas ruins. Só têm corruptos”

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O deputado Tião Gomes (PSL) adora uma polêmica. É conhecido por dizer o que pensa, sem medir consequências. Sua espontaneidade algumas vezes o leva à retratações, como aconteceu no caso do bate-boca com o deputado federal Rômulo Gouveia (PSD), de quem é amigo pessoal. Tião criticou a postura política do Gordinho e chegou a afirmar que se tivesse que escolher entre o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e Jesus Cristo, Rômulo Gouveia ficaria com o tucano, tamanha sua fidelidade.

O presidente do PSD não gostou da brincadeira, com toda razão, e taxou Tião Gomes, entre outras coisas, de “pau mandado” do governador Ricardo Coutinho (PSB). O deputado de Areia voltou à tribuna da Assembleia Legislativa para pedir perdão e se retratar com Rômulo. E, ao que parece, os dois voltaram às boas.

Mas, como Tião não vive sem uma boa “briga”, escolheu logo em seguida outro alvo para destilar seu “veneno”. Aliás, outros alvos. O deputado disparou sua metralhadora giratória contra os partidos políticos considerados grandes, criticando a proposta de reforma política aprovada em primeiro turno no Senado Federal. Gomes citou nominalmente PMDB, PSDB, PP e PT como legendas que deveriam ser extintas ao invés dos “nanicos”. A alegação é típica de Tião Gomes: “Só têm corruptos”, disse o parlamentar, em alto e bom som, referindo-se aos grandes partidos.

Gomes agora não atingiu apenas um colega. Ao generalizar, esqueceu que em todos os partidos, como se costuma dizer, existem os maus e os bons políticos. Os corruptos e os honestos. Com em toda profissão. Gomes jogou tudo num saco só, nivelando por baixo, inclusive, parcela considerável da classe política paraibana. O PMDB paraibano tem figuras de proa da polícia nacional como os senadores José Maranhão, presidente do Partido, e Raimundo Lira. Fora deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores, muitos deles aliados e até seus amigos.

No PSDB, a situação é a mesma. Tem o senador Cássio Cunha Lima, seu filho Pedro, o presidente e ex-deputado federal Ruy Carneiro, além dos deputados estaduais, prefeitos, vice–prefeitos e vereadores. O PT, se não dispõe de estrelas de primeira grandeza, tem o deputado Anísio Maia e o presidente Charliton Machado, além de tantos outros nomes com e sem mandatos que, ao que me constam, jamais foram ligados a esquemas de corrupção.

Na política, pode até não ser assim. Mas, no âmbito jurídico, ao acusador cabe o ônus da prova. E não sei se Tião tem aprovas do que afirmou.

A menos que outra retratação esteja em curso.

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