Apostar na tese de inelegibilidade de Cássio Cunha Lima pode custar caro aos adversários

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O governador Ricardo Coutinho (PSB), o ex-prefeito Veneziano Vital (PMDB) e a provável pré-candidata do “Blocão”, a advogada Nadja Palitot (PT), correm o risco de pagar caro, eleitoralmente, se insistirem em apostar na tese de inelegibilidade do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), também disposto a enfrentar as urnas nas eleições de outubro próximo.

Nas duas hipóteses levantadas até agora, em relação ao aspecto jurídico da candidatura de Cássio, a probabilidade de prejuízo aos opositores é bem maior que a de sucesso. Analisemos, então.

A primeira hipótese, é a Justiça Eleitoral liberar a candidatura do tucano e todos darem com “os burros n’água”, como se costuma dizer lá no Sertão. Isso ocorrendo, os adversários terão perdido tempo precioso que poderia ser gasto na conquista de apoios e votos necessários à vitória. Uma decisão judicial favorável também acabaria fortalecendo mais ainda a candidatura e ampliando o favoritismo de Cássio.

A segunda hipótese, mais remota, é Cassio ser impugnado e impedido de disputar as eleições. Nesse caso, se por um  lado a decisão tiraria do páreo um favorito, por outro poderia dar origem a um processo de “martirização” do tucano, semelhante ao que ocorreu em 2010 quando ele obteve mais de um milhão de votos, depois de ter o segundo mandato de governador cassado, e foi eleito senador da República. Teve parte do mandato usurpada, é verdade, mas assumiu posteriormente por decisão da mesma Justiça que o afastou.

Naquela época, vale lembrar, Cássio foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa, a mesma que agora é citada como suposto obstáculo em suas pretensões de se candidatar ao Governo do Estado.

A vitimação de lideranças políticas, com influência em resultados eleitorais, não é novidade na Paraíba. Em 1992, a ex-deputada Lúcia Braga teve a candidatura impugnada para a prefeitura de João Pessoa e conseguiu eleger o substituto, Chico Franca, um neófito na política que tinha como única referência o pai, Damásio Franca, ex-prefeito da Capital.

Portanto, não se pode descartar a possibilidade de Cássio, caso impugnado, lançar um substituto que sensibilize a população.

O melhor mesmo, para os possíveis adversários do senador, é armar seus exércitos e partir para a luta. Até porque, tudo leva a crer que o futuro governador da Paraíba só será eleito em segundo turno.

Melhor prevenir, do que remediar.

 

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