A bancada estadual do DEM já admite até isolar o presidente do partido, Efraim Morais, caso ele persista em vincular o apoio do partido ao candidato a governador que oferecer vaga em sua chapa majoritária. Os deputados querem discutir com Morais o rumo da legenda, antes de qualquer decisão. João Henrique, Domiciano Cabral, Lindolfo Pires e Assis Quintans não aceitam decisões do dirigente sem um debate prévio.
“Decisão monocrática eu não aceito. Tem que ouvir a bancada primeiro antes de definir o futuro do partido”, avisou Quintans.
Os outros três deputados têm evitado falar do assunto, mas, nos bastidores, concordam com Quintans. Eles acham que Efraim quer apenas “salvar a pele”, exigindo vaga na majoritária para si próprio, e o mandato do filho, que é deputado federal. “Tem que ouvir o partido. Aqui não há lugar para imposições”, completou Quintans, que é eleitor de Cássio Cunha Lima, a exemplo de Domiciano Cabral. Lindolfo Pires e João Henrique estão indecisos.
O presidente do DEM disse que tem conversado com o governador Ricardo Coutinho (PSB) e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) sobre a sucessão estadual. Efraim Morais ofereceu publicamente o partido a quem lhe garantisse vaga na Chapa majoritária. A proposta pegou mal não apenas dentro, mas também fora do partido.