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O vereador Raoni Mendes (PDEM) bem que tentou instalar a CPI da Lagoa na Câmara Municipal de João Pessoa, mas foi “barrado” por decisão judicial e por aliados do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), que foge das denúncias da CGU como o diabo foge da cruz. Mas, a partir desta segunda-feira, quando assume mandato de deputado, Raoni tem a sua “segunda chance” de esclarecer o suposto desvio de R$ 10 milhões da reforma do Parque Solon de Lucena, orçada em R$ 40 milhões.
Ao assumir o mandato de deputado estadual, substituindo Ricardo Barbosa (PSB), Mendes elegeu como prioridade buscar apoio dos deputados da bancada do governador Ricardo Coutinho (PSB) para instalar a CPI da Lagoa, destinada a investigar o que os vereadores ligados a Cartaxo não deixaram. E, aparentemente, não será tarefa difícil. Menos trabalho que na Câmara Municipal, com certeza o vereador terá.
A investigação é uma exigência da sociedade paraibana e uma necessidade da gestão municipal. Cartaxo já inaugurou as obras em clima de festa. Aliás, um sonho que virou pesadelo. Em poucos dias de uso, a “Nova Lagoa” transformou-se em alvo de crítica pelas inúmeras falhas registradas que colocaram em dúvida a qualidade dos serviços executados. Uma obra tão cara (R$ 40 milhões) não poderia dar sinais de deteriorização em tão pouco espaço de tempo.
Sem dúvidas, mais uma justificativa para Raoni propor essa CPI. E se o prefeito e seus aliados tinham medo das investigações no âmbito da Câmara Municipal, agora não precisam se preocupar. Podem apenas torcer para que as denúncias da CGU sejam falsas. Porque, se forem verdadeiras, podem causar estragos eleitorais incalculáveis às vésperas da disputa nas urnas.