Cássio defende Aécio Neves e diz que falta humildade aos petistas

O Senador Cássio Cunha Lima, vice-líder do PSDB, reagiu às declarações feitas pelo Senador Lindbergh Farias (PT/RJ) após discurso proferido pelo Senador Aécio Neves (PSDB/MG), na tarde da última quarta-feira (20). “Mais uma vez o senador Lindbergh, fiel à prática do PT, não sabe ouvir críticas e distorce a verdade”, lamentou Cássio Cunha Lima.

No dia do aniversário de 33 anos do PT, o senador Aécio Neves fez um discurso duro e listou o que chamou de “13 fracassos do partido da presidente Dilma Rousseff nos últimos anos”. O senador disse que sua fala é uma “colaboração crítica” à prática do PT de exaltar os governos de Dilma e do ex-presidente Lula e minimizar os feitos de FHC. “O PT transformou o nosso partido no convidado de honrar da sua festa. Eu aceito o convite, porque temos muito a que dizer aos nossos anfitriões. Apesar do esforço do partido em se apresentar como redentor do Brasil moderno, é justo assinalar algumas ausências importantes na celebração petista. Nela, não estão presentes a autocrítica, a humildade e o reconhecimento”, disse Aécio Neves.

Em aparte ao líder tucano, o Senador petista disparou: “acho que V. Exª não constrói um discurso competitivo para quem é candidato a Presidente da República. Em mais de meia hora de discurso, em nenhum momento V. Exª citou as palavras povo, pessoas, gente, emprego, miséria, inclusão social. Fiquei aqui atento com os assessores. Em mais de 30 minutos, pessoas, gente, inclusão, miséria, emprego… Dez anos de Governo do PT, nós temos que colocar isso na pauta. V. Exª sabe, mais de 40 milhões de brasileiros entraram na classe média”, afirmou Lindbergh.

PSDB votou pela redução do custo da energia elétrica

Em seguida, o senador Cássio Cunha Lima solicitou um aparte ao orador, ainda da tribuna, Aécio Neves. “O Senador Lindbergh, meu conterrâneo e amigo, no seu aparte – que foi quase um discurso a parte –, reafirma tudo aquilo que foi dito por V. Exª, Senador Aécio, nessa tribuna. Eles não sabem ouvir. Não ouviu o discurso do Senador Aécio que falou de seca. E seca é povo, é gente brasileira que sofre hoje no Nordeste com a omissão absoluta do Governo Federal. E o pior, mais uma vez o Senador Lindbergh, fiel à prática do PT, distorce a verdade. Porque nós da oposição estivemos aqui, neste plenário, defendendo e votando a favor, sim, da redução da tarifa de energia.

Queríamos apenas que, além das isenções feitas, o Governo Federal abdicasse, também, de parte de suas receitas para que a redução fosse ainda maior. Em nenhum instante ficamos contra. Votamos a favor, porque o Senador Aécio disse, e repetimos agora: não fazemos oposição ao Brasil, tampouco aos brasileiros. Fazemos, sim – com altivez, com coragem, com responsabilidade, com respeito ao debate, ao contraditório, à pluralidade de ideias –, a um Governo que tem errado. E que tem virtudes. E nós temos a grandeza de reconhecê-las”, frisou Cássio.

Política econômica do PSDB foi responsável pelo equilíbrio econômico no Brasil

E prossegue o Senador Cássio Cunha Lima em seu aparte: “devo dizer que parte significativa dos avanços alcançados nos governos de Lula e de Dilma – e que nós reconhecemos e insistimos – tem como base fundamental, tem como lastro decisivo, o equilíbrio econômico, o fim da inflação que ameaça voltar, pelo afastamento do atual Governo do tripé de sustentação do êxito econômico que o Brasil alcançou na última década. Câmbio flutuante – e o câmbio não flutua mais, porque o Banco Central é manipulado pelo Governo para fazer do dólar um instrumento de combate à inflação; meta inflacionária que não é atingida e, sobretudo, responsabilidade fiscal onde o Governo não consegue sequer fazer superávit primário. Ano passado, fechamos com um rombo de R$20 bilhões que, através de uma maquiagem fiscal, foi fechado como superávit. É isso que estamos criticando e vamos continuar debatendo, vamos continuar fazendo o contraditório. Vocês que continuem sem ouvir”, finalizou o vice-líder do PSDB, Senador Cássio Cunha Lima.

Veja abaixo os 13 fracassos apontados pelo senador Aécio Neves:

1) O comprometimento do nosso desenvolvimento
2) A paralisia do país: o PAC da propaganda e do marketing
3) O tempo perdido: a indústria sucateada
4) Inflação em alta: a estabilidade ameaçada
5) Perda da credibilidade: a contabilidade criativa
6) A destruição do patrimônio nacional: a derrocada da Petrobras e o desmonte das estatais
7) O eterno país do futuro: o mito da autossuficiência e a implosão do etanol
8) Ausência de planejamento: o risco de apagão
9) Desmantelamento da Federação: interesses do país subjugados a um projeto de poder
10) Brasil inseguro: (In)segurança pública e o flagelo das drogas
11) Descaso na saúde, frustração na educação
12) O mau exemplo: o estímulo à intolerância e o autoritarismo
13) A defesa dos maus feitos: a complacência com os desvios éticos

Assessoria do Senador Cássio Cunha Lima com Liderança do PSDB
Foto: Jaciara Aires

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