Deputado paraibano entregará a Dilma relatório sobre paralisação das obras da transposição do São Francisco

Com obras em atraso e projetos que sequer foram concebidos, a Transposição do Rio São Francisco prossegue apenas no papel e na mídia institucional do Governo e a realidade tem preocupado o Nordeste, especialmente por ocasião de uma grande seca que assola a região.

A imprensa nacional, a exemplo da Rede Globo, começou de forma tímida a mostrar a lentidão da obra, mas são as lideranças políticas da Paraíba que deram um passo significativo para denunciar o descaso governamental com o projeto. A Assembléia Legislativa da Paraíba formou uma comissão com políticos e representantes do Executivo e da sociedade e eles fizeram uma visita para fiscalizar o andamento das obras.

O resultado foi percebido de imediato. Máquinas paradas, material abandonado e nenhum funcionário trabalhando é a realidade da maior parte dos trechos que compõem a Transposição do São Francisco. A constatação foi feita pelo deputado Assis Quintans, que preside uma comissão de fiscalização formada pela Assembleia Legislativa da Paraíba, e que junto a representantes de vários segmentos fez uma visita técnica ao canteiro de obras e elaboraram um relatório.

Segundo o parlamentar, esse relatório ficará pronto nesta segunda-feira em forma de publicação e junto a assinaturas de vários líderes do Estado será entregue enquanto manifesto a presidente Dilma Roussef. “Eu viajo terça-feira para Brasília e fico lá o tempo que for necessário para mobilizar a bancada federal dos 4 estados beneficiados com a Transposição, para a qual vou propor que assinem um manifesto e façam chegar as mãos da presidente mostrando a situação testemunhada por nossa visita a todo o percusso da obra”, destacou.

Quintans afirmou faltando aproximadamente 5 quilômetros para chegar em solo pertencente ao município de Monteiro, os trabalhos foram interrompidos porque a antiga licitação acabou e uma nova ainda não foi feita. Ele ressaltou que um dos trechos mais importantes, que é a barragem do Mochotó, não foi sequer licitado e em outros faltam até projetos executivos.

Quintans disse ainda que é tecnicamente impossível que as obras estejam concluídas em 2015 como foi prometido e espera que por ocasião das próximas eleições, o Governo não engane a população brasileira com inaugurações falsas de apenas parte do projeto.

A Transposição do Rio São Francisco começou em 2007 orçada em R$ 4,5 bilhões e hoje custa R$ 8,2 bilhões.

PB Agora
Com de Olho no Cariri

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O blog não se responsabiliza pelo conteúdo exposto neste espaço. O material é de inteira responsabilidade do seu autor