Nessa primeira etapa das eleições municipais em Campina Grande, as oposições se dividiram. Pior que isso, parte delas caiu nos braços do prefeito Romero Rodrigues (PSDB). Leia-se o PP, de Enivaldo Ribeiro, que abriu mão da candidatura de Daniella para indicar o vice na chapa do tucano. Mesmo assim, o deputado federal Efraim Filho (DEM) não tem dúvidas de que, num eventual segundo turno, Veneziano Vital, candidato do PMDB, e Adriano Galdino, do PSB, estarão no mesmo palanque.
Na visão de Efraim, o Cabeludo vai para o segundo turno e terá apoio de Galdino e do governador Ricardo Coutinho. E se o PMDB não estiver no segundo turno, pelo menos Vené e o DEM estarão no palanque do socialista. O “pelo menos Vené” deve ser usado porque, como se sabe, o PMDB está em rota de aproximação com o PSDB para as eleições de 2018 e fechou aliança em vários municípios com os tucanos, inclusive em João Pessoa, principal colégio eleitoral do Estado.
Veneziano e o deputado estadual Nabor Wanderley foram contra a decisão que indicou Manoel Júnior vice do prefeito Luciano Cartaxo e abriram dissidência no partido. Nabor foi mais além e fechou apoio do PSB em Patos, cedendo a vice. O Cabeludo não teve a mesma sorte porque o PSB não abriu mão da candidatura de Adriano Galdino, mas fechou com o socialista um “acordo de cavalheiros” para apoio recíproco no segundo turno.
Portanto, Efraim Filho tem razão em projetar a união das oposições no segundo turno. Mas, nem tanto. Pelo andar da carruagem, é pouco provável que o PMDB esteja no mesmo palanque do governador Ricardo Coutinho. Se Galdino disputar a segunda etapa das eleições, terá que se contentar com o apoio da dissidência peemedebista. O restante, terá o palanque de Romero Rodrigues como endereço certo.