O padre Luiz Couto, enfim, “jogou a toalha”. Não aguentou a pressão dentro e fora do PT, onde sua situação ficou insustentável. Mesmo declarando que votaria em Luciano Cartaxo no segundo turno. Aliás, Couto só declarou. Pode até ter votado, mas não se tem notícia de um só voto que tenha pedido para o candidato do seu próprio partido. Por isso, foi duramente criticado pelos petistas. Justamente aqueles com quem conviveu na política durante todos esses anos, com encontros e desencontros.
Mais que criticado, Luiz Couto teve seu “território” minado dentro do PT. É público e notório que o deputado Anísio Maia será o nome da ala majoritária para disputar a Câmara Federal em 2014. Portanto, se quisesse tentar a reeleição, Couto certamente teria muitas dificuldades.
Mas, o homem parece não querer mais nada. Nem reeleição nem o mandato tão sonhado de senador. A quem lhe pergunta sobre seu futuro político, Couto tem dito que vai abandonar a vida pública assim que concluir o mandato atual. Se o fizer, sairá, no mínimo, amargurado. Primeiro por não ter realizado o sonho de ocupar uma cadeira no Senado. Segundo por ter sido rejeitado pelo partido que ajudou a construir. E, terceiro, por não encontrar sequer solidariedade de quem o ajudou a chegar nesse estágio de sua vida pública.
Do ponto de vista do Parlamento, a Paraíba perde um grande quadro. Com erros e acertos , com convicções e contradições. Mas, um grande quadro. Como o tempo é o “senhor da razão”, talvez um novo período de meditação faça o padre mudar de idéia.