Marcus Vinicius larga na frente e Durval aguarda posição de Cartaxo: “O jogo ainda nem começou”

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A disputa mostrou-se acirrada desde o início da polarização. Mas, não resta dúvida que Marcus Vinicius (PSDB) largou na frente ao reunir, na manhã desta segunda-feira, quinze dos 27 vereadores em apoio à sua candidatura. Foi uma jogada corajosa e decisiva de quem entrou na disputa sem medo de errar. Marcus explorou bem os dois argumentos mais utilizados contra Durval: renovação e tratamento igualitário.

No primeiro caso, parece ter convencido a maioria dos vereadores eleitos quanto à necessidade de alternância de poder. Não por acaso, pactuou com os colegas que só seria presidente durante o próximo biênio. No outro, daria vez a outro do grupo. O escolhido foi João Corujinha. Além de decretar o fim da reeleição na Câmara Municipal, Marcus Vinicius foi mais além. Para conquistar apoio da bancada de Oposição, prometeu que a Mesa Diretora, nos dois biênios, seria eclética. Ou seja, dividida entre situacionistas e oposicionistas.

A operação foi bem articulada. Se o adversário fosse outro, a desistência era bem provável. Mas, do outro lado está Durval Ferreira (PP), atual presidente da Câmara Municipal e em outras três ocasiões. Experiência não lhe falta. Durval tem a seu favor o tempo. A eleição será no início de janeiro. Até lá, a situação pode mudar. E, para quem não lembra, Durval ainda aguarda decisão do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), de quem teria o compromisso assumido de apoio para garantir um novo mandato. Cartaxo tem evitado falar do tema, alegando que não pretende se meter num processo interno do Legislativo. Muito menos com dois grandes aliados em disputa.

Além de apostar no “voto” do prefeito, Durval tem ainda uma alternativa menos provável, mas considerável diante de uma disputa tão acirrada: uma aliança com o governador Ricardo Coutinho (PSB). Não é de hoje que o socialista mantém boa relação com Durval, pensando em tê-lo na Oposição. Ricardo comanda uma bancada de onze vereadores, justamente a que garante, a preço de hoje, maior suporte a Marcus Vinicius. Nessa hipótese, o atual presidente poderia contar com doze votos, além do apoio daqueles que não foram ao encontro do adversário, voltando à condição de favorito.

Mas, tudo não passa de especulações. De concreto, o que se pode dizer é que, se por um lado Marcus Vinicius saiu na frente, por outro ainda restam muitos lances no tabuleiro da sucessão. E, como teria dito o atual presidente a um assessor: “O jogo ainda nem começou”.

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