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a “operação de guerra” montada pelo Palácio da Redenção para reconquistar o PMDB segue a todo vapor, embora o governador Ricardo Coutinho insista em desconhecer a importância do partido presidido pelo senador José Maranhão para o futuro do seu projeto político. Ex-peemedebistas, como o deputado Trócolli Júnior (PROS), foram escalados para “bater na mesma tecla”, sempre que possível. E não se cansam de pregar a retomada das negociações entre os dois partidos para as eleições de 2018.
Mas, a cartada mais ousada ainda está por vir. O PSB admite até abrir mão da cabeça de chapa para ter o PMDB novamente em seu palanque. A “concessão”, por enquanto, só é tratada nos bastidores. Até porque o PMDB não acenou ainda com qualquer possibilidade de acordo. Mas, alguns socialistas já sinalizam nesse sentido e, se não com a anuência, pelo menos com o consentimento do governador.
O secretário Nonato Bandeira é um deles. Articulador nato, Bandeira já passou por várias situações onde o desprendimento, de um lado, e a arrogância, do outro, foram determinantes para vitórias e derrotas. Talvez por isso se sinta tão à vontade para tratar do tema. “Não se faz política sozinho”, justifica.
Nonato sabe que o PSB tem um pré-candidato lançado, com apoio irrestrito do governador. Não fosse assim, o deputado Gervasio Maia, atual presidente da Assembleia Legislativa, não estaria participando de tantas inaugurações e outros eventos promovidos pelo Governo do Estado, ao lado de Ricardo Coutinho. Mesmo assim, se arrisca a admitir um nome de outro partido como candidato a sucessão estadual, “desde que represente e assimile o projeto socialista”.
Para o secretário, o PSB tem prioridade para apresentar o nome, mas não exclusividade. Uma “brecha” importante para um partido grande, como o PMDB, que deseja retomar o Palácio da Redenção, onde esteve por por mais de uma década. Do outro lado, onde ainda mantém uma aliança celebrada com PSDB e PSD em 2016, elegendo o prefeito Luciano Cartaxo e o vice, Manoel Júnior, o PMDB tem a possibilidade de chegar à Prefeitura de João Pessoa. Mas, para isso, terá que arquivar o sonho de administrar o Estado e apoiar Cartaxo.
Para quem, até pouco tempo, não tinha nada, o PMDB agora tem opções.