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O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, e o do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, têm até o próximo dia 15 de outubro para reverter a decisão já tomada pelo partido de ambos de fazer oposição ao Palácio do Planalto. Nesta data, a executiva nacional do PSB se reúne para, a preço de hoje, apenas oficializar a postura oposicionista. Os dois governadores são vozes isoladas na legenda em defesa da manutenção do apoio à presidente Dilma Roussef.
Ricardo e Rollemberg têm dado declarações públicas contrárias à mudança de rumo do PSB. O primeiro, principalmente, vem defendendo o mandato de Dilma por onde passa, lembrando que a petista foi eleita democraticamente e deveria cumprir seu mandato até o final, sem correr o risco de ser afastada “somente por problema de impopularidade”.
O discurso faz sentido, mas até agora não convenceu a maioria dos socialistas. Talvez porque o PSB já tenha, em sua esmagadora maioria, decisão tomada. Veículos de circulação nacional como o Portal Diário do Poder tratam, nesta segunda-feira, de um suposto acordo entre PSB e o PSDB, de Aécio Neves, para as eleições de 2018. Aécio sairia candidato a presidente com um vice indicado pelo PSB. Aliás, uma vice: a viúva do ex-governador pernambucano, Eduardo Campos.
Se for verdade, dificilmente Ricardo e Rollemberg, por mais disposição que tenham, conseguirão barrar o avanço do partido para o bloco oposicionista. Os dois terão, após a decisão oficializada, dois caminhos: permanecer no PSB e fazer oposição ou buscar outra legenda e continuar apoiando Dilma. Uma terceira alternativa, muito mais remota, seria a permanência mantendo o alinhamento com a petista.
Será, sem dúvidas, uma quinzena bem movimentada para os socialistas.