Sem cargo e “sem partido”, Lira tenta conviver com carma da derrota e busca espaços para salvar mandato em 2018

Imagem da Internet

O senador Raimundo Lira vem fazendo um bom trabalho em Brasília. Sua eficiência é reconhecida até pelos adversários. Mesmo assim, Lira convive com o “carma” da derrota e busca novos espaços na tentativa de salvar o mandato em 2018. Com o prestígio conquistado no comando do processo de impeachment de Dilma Roussef, Lira “disputou” os cargos mais importantes do Congresso Nacional. Perdeu todos.

Primeiro foi a presidência do Senado, depois a liderança do PMDB e, por último, a presidência da CCJ, principal comissão da Casa. Em todas as ocasiões, foi apontado como favorito. Sim, ainda teve a “indicação” para um ministério do governo Temer. Mesmo favorito, o senador paraibano foi abandonado pelos próprios colegas peemedebistas e ficou sem nada. Perdeu os cargos e o partido.

Lira permanece filiado, mas é inegável o processo de isolamento a que foi submetido. Depois de “peitar” José Maranhão e sugerir sua saída do comando do PMDB, o senador cajazeirense foi obrigado a recuar. Baixou a guarda e a “rendição” veio em seguida, reconhecendo a “patente” do colega. Muitos até creditam a Maranhão parte do insucesso de Lira nas disputas em Brasília.

Não é de hoje que o estigma da derrota acompanha Raimundo Lira. A única vitória eleitoral de sua carreira foi em 1986, quando pegou carona no populismo de Tarcísio Burity (eleito governador), Humberto Lucena (eleito senador) e do Plano Cruzado. Lira chegou ao Senado com a pecha do “empresário que se elegeu com os votos de Humberto e Burity”.

Em 2014, foi suplente de Vitalzinho, sabendo do projeto do colega de trocar o Senado por uma vaga no Tribunal de Contas da União, caso eleito. E não deu outra. Vital foi para o TCU e Lira ficou com o mandato, como programado. Em 2018, não será surpresa de Raimundo Lira desistir de disputar a reeleição para ser suplente novamente. A grande pergunta é: de que lado Lira estará? Ele sabe que, enquanto for aliado do governador Ricardo Coutinho não terá espaço no PMDB. Mais cedo ou mais tarde, terá que optar. Aliás, Ricardo já deu a dica, sugerindo a Lira “olhar para a frente”.

Se continuar olhando para trás, poderá pagar caro e amargar mais uma derrota.

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