Cássio Cunha Lima acusa PT de tentar retardar impeachment de Dilma Roussef no Senado

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Em pronunciamento do alto da tribuna, o senador Cássio Cunha Lima – líder da bancada do PSDB – condenou a articulação do PT em tentar retardar o prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, depois da admissibilidade na Câmara Federal. E comparou:

“É como se estivéssemos em uma partida de futebol, com transmissão ao vivo para todo o Brasil, por todas as emissoras de televisão, e uma das equipes retardasse o início do jogo, ainda no vestiário, sem querer entrar em campo. É o que o PT está fazendo nesse instante”, disse.

Adiante, afirmou que desconhece acordo de lideranças para descumprir o regimento interno, muito menos a lei. “É bom que fique claro que nem mesmo um acordo unânime dos lideres do Senado teria o condão de mudar o que está escrito de forma clara na imposição da lei”, ressaltou explicando que a praxe do Senado só permite flexibilizar em situação excepcionais “e mesmo assim depois de acordo prévio e unânime dos lideres”.

Ainda em sua fala, o senador Cássio Cunha Lima expôs seu ponto de vista acerca da discussão sobre o crime de responsabilidade praticado pela presidente Dilma. “Não estamos aqui discutindo se a presidente Dilma Rousseff é honesta ou desonesta, se é responsável pela corrupção na Petrobras ou não é, se participou do esquema fraudulento da compra da usina de Pasadena; não é isso que está sendo julgado…”.

“… O que estamos julgando é um crime de natureza político-administrativa; é esta natureza jurídica do crime de responsabilidade: uma infração político–administrativa. Nada tem a ver com probidade…”.
“… Não estamos aqui para brincar com os destinos do Brasil nem muito menos zombar da nossa Constituição e do nosso arcabouço legal. Vamos julgar uma tipificação criminal prevista na Constituição, chamada crime de responsabilidade”, concluiu.

Adiamento

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), adiou para a próxima semana a instalação da Comissão do Impeachment da presidente Dilma Roussef (PT), causando protestos da Oposição que indicou os senadores Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Ronaldo caiado (DEM-GO). O nome de Cássio estava cotado para presidir a comissão, mas a Oposição também estuda deixar a relatoria para Anastasia, que tem apoio da bancada tucana.

Formado por PSDB, DEM e PV, com 16 membros, a oposição é o segundo maior bloco no Senado. O primeiro é o PMDB, com 18 senadores. O partido deve indicar cinco senadores para a comissão. O governo, com PT e PDT, tem 14 senadores.

Governo e Oposição devem travar nova batalha, desta vez a última, por votos no plenário do Senado. A Oposição garante já ter pelo menos 45 votos a favor do impeachment.

Com Assessoria

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