A possível vinda da presidente Dilma Roussef à Paraíba, em julho, confirmada pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, em entrevista ao Correio Debate, deixou os petistas ouriçados. Afinal, quem não quer estar ao lado de uma gestora com mais de 70% de aprovação popular. Ainda mais para assinar ordem de serviço de uma obra tão importante como a chamada “Vertente Litorânea”, que vai aumentar a oferta de água para a população de João Pessoa, Campina Grande e do Brejo paraibano.
Mas, não é bem assim. Todos lembram da presença (e da ausência) de Lula e da própria Dilma na campanha do ex-governador José Maranhão em 2010. Para quem tem amnésia, as duas lideranças petistas pouco se esforçaram para apoiar o peemedebista, mesmo tendo um colega de partido, o deputado Rodrigo Soares, como candidato a vice na chapa. Tudo porque, do outro lado, também como candidato a sucessão estadual, estava o atual governador Ricardo Coutinho, aliado do Planalto com apoio efetivo do governador pernambucano Eduardo Campos.
Então, os petistas podem baixar o fogo. Não esperem muita coisa da presidente além de uma declaração do tipo “temos um bom candidato”. Com ajuda dos próprios aliados, Dilma se especializou em priorizar, em suas peregrinações, quem tem voto. E em João Pessoa, sinceramente, não é o caso do candidato do PT. Luciano Cartaxo sequer conseguiu o apoio integral do seu partido. Nem poderia. Do outro lado, está o deputado federal Luiz Couto, aliado dos governadores Ricardo Coutinho e Eduardo Campos. Portanto, se a presidente fizer o “v” da vitória durante a visita, não será apenas para Cartaxo.
Dilma tem tudo para repetir 2010 e ficar "em cima do muro"