Edgar Jerônimo da Silva disputa uma vaga na Câmara Municipal de João Pessoa pelo Partido Social Liberal, integrante da coligação “Trabalho de Verdade IV”. Até ai, nada de anormal. O curioso é que Edgar tem o nome social de “Sheila”, é travesti e, mesmo sendo do sexo masculino, concorre na cota das mulheres.
O registro da candidata foi liberado pelo TRE da Paraíba. Ao analisar o processo, o relator, desembargador federal Emiliano Zapata, decidiu pelo deferimento alegando que “é direito individual apresentar-se pública e socialmente com o gênero a que psicologicamente se considera como pertencendo”.
O relator citou caso idêntico ocorrido no Rio de Janeiro, nas eleições de 2014,quando o registro de candidatura um transexual foi deferido na cota das mulheres.
A candidatura de Sheila a vereadora já havia sido liberada em primeira instância, pelo juiz da 64ª Zona Eleitoral. Só que o registro foi deferido na cota masculina. O travesti recorreu e o Pleno do TRE julgou procedente o recurso por unanimidade, nesta quinta-feira.