OPERAÇÃO APNEIA: MPF denuncia ex-secretário de Saúde e mais cinco por desvio de recursos na compra de respiradores

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O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco ofereceu, à Justiça Federal, denúncia contra seis pessoas no âmbito da Operação Apneia, deflagrada em maio do ano passado para investigar possível direcionamento e desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) em contratação, por parte do Município do Recife, da microempresa Juvanete Barreto Freire (Brasmed Veterinária) para o fornecimento de ventiladores pulmonares (respiradores) para o enfrentamento da pandemia de covid-19. A denúncia é a primeira oferecida em decorrência da operação.

São alvos da ação, assinada pela procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes, o ex-secretário de Saúde do Recife, Jailson de Barros Correia, o ex-diretor Executivo de Administração e Finanças da Secretaria de Saúde do município, Felipe Soares Bittencourt e a ex-gerente de Conservação de Rede da Secretaria de Saúde do Recife, Mariah Simões da Mota Loureiro Amorim Bravo, bem como os empresários Juarez Freire da Silva, Juvanete Barreto Freire e Adriano César de Lima Cabral.

Os denunciados são acusados da prática dos crimes de dispensa indevida de licitação (atribuída a todos), peculato (Jailson de Barros Correia, Felipe Soares Bittencourt, Mariah Simões da Mota Loureiro Amorim Bravo, Juarez Freire da Silva e Juvanete Barreto Freire) e crime contra a ordem tributária (Juarez Freire da Silva e Juvanete Barreto Freire). O MPF também requer que a Justiça Federal decrete a perda de eventual cargo público exercido pelos denunciados, bem como o pagamento de indenização para reparação dos danos morais e/ou patrimoniais causados.

A Juvanete Barreto Freire (Brasmed Veterinária), especializada em produtos veterinários e aberta poucos meses antes dos processos licitatórios, foi contratada por meio de duas dispensas de licitação para o fornecimento de 500 respiradores, realizadas em caráter emergencial e fundamentadas na Lei Federal nº 13.979/2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da pandemia. O valor total dos contratos foi de R$ 11,5 milhões, embora o faturamento anual da microempresa perante a Receita Federal fosse de R$ 50 mil. A empresa também não demonstrou capacidade técnica e operacional para o fornecimento dos ventiladores.

Dispensas indevidas – As investigações apontaram que Jailson Correia, Felipe Soares Bittencourt e Mariah Simões dispensaram os processos licitatórios indevidamente, possibilitando o desvio de verbas do SUS mediante a aquisição de ventiladores pulmonares sem a devida certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), embora tivessem ciência da irregularidade dos equipamentos.

Em resposta a ofício enviado pelo MPF, a Anvisa reforçou, no ano passado, que a Juvanete Barreto Freire não possuía Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE), ou pedido de AFE referente à realização de atividades com produtos para saúde. Além disso, informou que, quanto ao ventilador pulmonar “BR 2000”, fornecido pela Juvanete e fabricado pela Bioex Equipamentos Médicos e Odontológicos, não existia autorização para sua fabricação e comercialização no país, tampouco para utilização em humanos.

O MPF destaca que a escolha da Juvanete teria ocorrido de forma ilícita, antes mesmo da deflagração dos processos de dispensa, especialmente levando em conta a elaboração dos “Relatórios Descritivos das Razões de Escolha do Fornecedor”, documentos que foram datados 23 dias após a efetiva escolha da empresa, que inclusive já tinha recebido o pagamento referente a um dos contratos.

Com relação a Adriano César de Lima Cabral, representante local da Juvanete Barreto Freire, o MPF argumenta que o denunciado viabilizou os processos de dispensas indevidas de licitação não só representando a microempresa em todas as fases, mas também assinando os contratos administrativos decorrentes, mesmo tendo plena ciência de que os equipamentos fornecidos não possuíam certificação da Anvisa, bem como que a Juvanete Barreto Freire estava, na verdade, substituindo ilegalmente a verdadeira fornecedora dos produtos, a Bioex Equipamentos Médicos e Odontológicos.

Na denúncia, a procuradora da República argumenta que “embora a Lei nº 13.979/2020 tenha simplificado os critérios para contratações de bens e serviços para enfrentamento da pandemia de covid-19, em tal lei não se observa qualquer autorização para que o gestor público contrate empresa que não se adeque às especificações técnicas constantes do próprio introdutório do processo de dispensa”. O MPF destaca também que, um dia após a deflagração ostensiva da Operação Apneia, a Prefeitura do Recife rescindiu, de forma repentina, os contratos administrativos com a Juvanete, sem aplicação de multa ou qualquer tipo de sanção à empresa contratada.

Desvio – Embora tenha sido viabilizado o pagamento de 50 unidades do ventilador pulmonar, inclusive com recebimento atestado por Mariah Simões, constatou-se que só foram adquiridos e posteriormente devolvidos à Juvanete a quantia referente a 35 equipamentos. De acordo com o MPF, a prática demonstrou o pagamento extra de 15 respiradores, caracterizando o desvio de recursos do SUS no valor de R$ 322,5 mil, em benefício de Juarez Freire da Silva, administrador do grupo empresarial Brasmed, e de Juvanete Barreto Freire, sócia titular da empresa contratada. Segundo a denúncia, ambos emitiram nota fiscal falsa, contendo número de equipamentos superior ao efetivamente entregue.

Crimes contra a ordem tributária – Conforme a denúncia do MPF, as apurações indicaram que Juarez Freire e Juvanete Barreto constituíram e colocaram em pleno funcionamento a empresa Juvanete Barreto Freire (Brasmed Veterinária) visando a evitar o pagamento de tributos mediante fraude, uma vez que as verdadeiras fornecedoras dos produtos vendidos pela Brasmed estavam impossibilitadas de contratar com o poder público, seja devido a débitos fiscais ou por razão de bloqueios judiciais. De acordo com análise da Controladoria-Geral da União (CGU), a soma dos débitos do grupo empresarial chega a quase R$ 10 milhões.

Ainda segundo a denúncia, além de possibilitar fraudes no que diz respeito à responsabilização das demais empresas, em especial a Bioex Equipamentos Médicos e Odontológicos, bem como permitir a sua contratação ilegal, por parte do poder público, a Juvanete Barreto Freire (Brasmed Veterinária) foi constituída visando, ainda, a obter maiores benefícios fiscais em relação às demais empresas do grupo. Conforme reforça o MPF, a Juvanete foi instituída inicialmente sob o regime de microempresa, com taxação simplificada e possibilidade de adesão ao Simples Nacional.

O MPF reforça que ainda investiga, no âmbito da Operação Apneia, a possível prática de outros delitos por parte dos investigados.

Com Assessoria MPF

MP reúne autoridades de Saúde para tentar resolver novo impasse entre Governo do Estado e Prefeitura de Campina Grande

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O Ministério Público deve se reunir, nesta segunda-feira (24), com representantes das secretarias de Saúde de Campina Grande e da Pajraíba para tentar resolver um novo impasse. Trata-se da “reserva técnica” de leitos de covid-19 do Hospital Pedro I, na Rainha da Borborema.

A medida foi adotada por determinação do prefeito. Bruno Cunha Lima e atinge 30% dos leitos do hospital destinados á pacientes infectados pelo coronavírus.

O secretário estadual de Saúde, Geraldo Medeiros, quer o fim da reserva técnica alegando que os leitos em questão poderiam estar sendo ocupados por pacientes de outras cidades.

“Campina Grande, como as demais cidades paraibana, tem que seguir a sequência estabelecida pela Central Estadual de Regulação”, explicou Geraldo Medeiros.

O secretário lembrou ainda que há uma perspectiva de aumento do número de casos de covid-19 mas próximas semanas devido às aglomerações registradas no Dia das Mães, tornando injustificável a decisão da PMCG.

Tavinho defende novo Plano Diretor para João Pessoa: “O atual já caducou”

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O ex-vereador e ex-presidemte da Câmara Minicipal, Tavinho Santos (Cidadania), defendeu a abertura de discussão para elaboração de novo Plano Diretor de João Peasoa. Segundo ele, o atual Plano Diretor vigora desde 2008 e, de acordo com a legialação, já caducou.

“O Estatuto da Cidade determina que a cada dez anos o plano tem que ser revisado. O nosso foi em 2008. Portanto, necessário se faz, com urgência, um novo Plano Diretor para João Pessoa.”, explicou Santos.

Ainda de acordo com Santos, o crescimento do município, através das políticas urbanas, precede de um Plano Diretor moderno e atualizado.

“Partindo deste raciocínio, o Plano Dretor ganha força como um instrumento que norteará uma política de desenvolvimento na esfera municipal”, explicou Santos.

Santos disse ainda que vai levar sua preocupação ao prefeito Cícero Lucena para agilizar o processo de recomposição do PD. “Cícero é um grstor experiente, governa João Pessoa pela terceira vez e sabe de tudo isso. Vou apenas reforçar o tema. Cícero é um homem com visão moderna da gestão e pensa no futuro da cidade, como nós pensamos”, suatentou Santos que, apesar de não ter conseguido retornar à Câmara Municipal, faz questão de expor suas idéias “para contribuir com o desenvolvimento da Capital”.

Histórico

A lei n° 10.257/01, mais conhecida como Estatuto da Cidade, estabelece as diretrizes da política urbana. O artigo 2º da referida lei nos remete que “a política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana” e no inciso II temos “gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação”.

Para um melhor entendimento desta participação popular no desenvolvimento municipal, faz-se necessário saber que o Brasil passou por diversas transformações, principalmente em relação ao processo de formação e desenvolvimento das cidades, marcado pelas migrações e o êxodo rural.

Infelizmente, este processo de crescimento não foi abarcado pelas políticas públicas e de desenvolvimentos urbanísticos, forçando desequilíbrios econômicos, sociais e ambientais.

Com o decorrer do tempo e as manifestações sociais por melhorias de políticas públicas que abarcassem a todos, foi implementado na Carta Magna um capítulo versando sobre política pública nos artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988.

A partir deste ponto nasceu a lei 10.257/01, reforçando a importância da atuação da sociedade na formação e desenvolvimento dos municípios com base nas diretrizes gerais de gestão democrática, através dos instrumentos da política urbana, sendo esse desenvolvimento, participativo democrático, exercido através do Plano Diretor.

O Estatuto da cidade determina que a cada dez anos o plano tem que ser revisado, o nosso foi em 2008, portanto necessário se faz, com urgência um Novo Plano Diretor para João Pessoa.

Ruy Carneiro comemora aprovação de projeto que aumenta pena para feminicídio

Esta semana a Câmara dos Deputados aprovou projeto de Lei que aumenta a pena mínima para a prática do feminicídio e torna mais rígida a progressão de regime para presos condenados por esse crime. O deputado federal Ruy Carneiro acompanhou a votação e comemorou o avanço e deve pedir apoio do Senado na aprovação final da matéria.

O Projeto de Lei estabelece que o feminicídio passa a figurar como um tipo específico de crime no Código Penal, com pena de reclusão de 15 a 30 anos. Atualmente, a pena é de 12 a 30 anos. O projeto segue agora para análise do senado.
“Endurecer as penalidades é de extrema necessidade. Não podemos permitir que mulheres continuem morrendo pelo ódio, pelo preconceito e pela fato de ser mulher. O isolamento social potencializou a ação dos agressores e é papel do parlamento impedir que esse tipo de violência contra a mulher aumente,” comentou Ruy.

Segundo levantamento do site ‘Azmina’ 1005 mulheres foram assassinadas entre março e dezembro do não passado. E em 2021, 4 mulheres são vítimas de feminicídio a cada 24 horas.

Na Paraíba, o mês de março foi o pior de 2021, oito mulheres foram vítimas de mortes violentas. Três feminicídios foram registrados apenas no mês de março, o equivalente ao somatório dos casos de janeiro e fevere­iro.

Com Assessoria

EMOÇÃO: Música e alívio marcam aplicação da segunda dose de coronavac em João Pessoa

A máscara não conseguiu esconder o sorriso no rosto e as lágrimas de emoção de dona Josefa de Lourdes de Lima. Moradora do bairro do Cristo, aos 72 anos, que recebeu a segunda dose da vacina neste sábado (22). “É muita felicidade, porque depois de tudo que a gente já viu e viveu com essa doença, a gente acha que vai morrer. Passei tanto tempo em casa, presa e com medo…. Tô muito feliz e todo mundo tem que se vacinar mesmo”, incentivou.

A imunização neste sábado foi destinada à segunda dose da vacina Coronavac/Butatan, para as pessoas que completaram os 28 dias que receberam a primeira. No estacionamento e no subsolo do Mangabeira Shopping, das 8h às 12h, a movimentação foi tranquila e moradores de diversos bairros realizaram o agendamento para receber o imunizante. Maria Gorete da Silva, de 62 anos, reside no Alto do Mateus. Estava ansiosa para completar a imunização contra a Covid. “Eu devia ter tomado no dia 15, mas acabei adoecendo de uma gripe e a médica recomendou que eu aguardasse. Agendei pelo aplicativo e não tive problemas. Foi bem rápido. Estava muito ansiosa, mas hoje o sentimento é de alívio”, explicou.

*Vacina e música* – Quem foi se vacinar neste sábado, além da alegria da vacina, pode aproveitar o autêntico forró do sanfoneiro Mô Lima. Em parceria com a Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) a Prefeitura tem proporcionado apresentações dos artistas da terra nos pontos de vacinação.  Alegria para os mais de 30 profissionais da saúde envolvidos na imunização neste sábado e para Maria da Penha Ribeiro, de 66 anos. Moradora do bairro de Mangabeira, é avó de 53, entre netos e bisnetos, e hoje completou sua imunização. “Alegria grande no peito, um alívio. Pelo menos agora eu sei que vou viver um pouquinho mais a frente com a minha família (risos)”, comentou.

*Energia e gratidão* – O alívio e a emoção não são sentimentos exclusivos só de quem se vacina. Elaine Dantas é enfermeira há 10 anos e trabalha na Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Para ela, o trabalho intenso dos últimos meses se transforma em energia e gratidão, por poder participar desse momento especial na vida das pessoas. “Tanta gente nos procura para se vacinar, com histórias tristes de perdas de pais, mães, filhos… Poder imunizar a dor dessas pessoas e trazer um pouco de alívio, apesar da perda, é tão gratificante que faltam palavras para descrever. O sentimento é de vitória, de que estamos conseguindo ultrapassar as dificuldades que essa doença vem colocando na vida da gente”, relatou.

*Solidariedade* – Os postos de vacinação contra a Covid são também pontos de arrecadação de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) reforça que, ao se encaminhar a um dos pontos de vacinação, as pessoas também podem ajudar levando sua doação. A campanha “A vacina salva. A solidariedade também” é uma parceria da Prefeitura e do Governo do Estado e teve início no mês de abril. Já arrecadou mais de 3,7 toneladas de alimentos e tem o objetivo de minimizar os impactos da pandemia, entre eles a distribuição de alimentos in natura, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Texto: Andrezza Carla
Fotografia: Dayse Euzébio

Depois de acertarem a quina, apostadores de Vista Serrana estão de olho nos R$ 48 milhões da Mega-Sena acumulada

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Vista Serrana, no Sertão da Paraíba, tem pouco mais de 3 mil habitantes e apenas uma csa lotérica, mas por pouco não conheceu doze novos milionários na última quarta-feira (19).

Um grupo de moradores decidiu apostar num “bolão” da Mega-Sena e acertou cinco das seis dezenas sorteadas. O resultado garantiu aos doze apostadores o valor de R$ 107.500,00. Cada um recebeu pouco mais de R$ 8 mil.

O prêmio foi pequeno, mas elevou a autoestima e a vontade de virar milionário dos vistasserranenses Tanto que o número de apostas deste sábado, para o sorteio dos R$ 48 milhões da Mega-Sena acumulada, promete ser recordista.

Carlos Alberto avalia “feito” doa vistasserranenses

“Acertar a quina já é um.feito.inédito, que com certeza estimula as apostas e a vontade de chegar á Mega-Sena. Estando acumulada, essa vontade triplica”, avalia Carlos Alberto Gil, natural de Vista Serrana e dono de uma.lotérica em Patos, distante 55 km.

Agora, é aguardar o sorteio das 20 horas e apostar na sorte.

 

Mega-Sena acumulada sorteia R$ 48 milhões neste sábado

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O concurso 2.374 da Mega-Sena pode pagar R$ 48 milhões neste sábado (22). O sorteio será realizado a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio nas lotéricas de todo o país, pelo portal Loterias Caixa, no app Loterias Caixa ou por meio do Internet Banking Caixa para clientes do banco.

O valor de uma aposta simples na Mega é de R$ 4,50.

COM Agência Brasil

Saiba quais são os clubes paraibanos que devem quase R$ 40 milhões

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A transparência na administração dos clubes paraibanos sempre passou ao largo das principais preocupações dos seus dirigentes. Os seus estatutos não oferecem aos torcedores meios de contestação em suas estruturas, e um universo nebuloso é formado internamente em cada agremiação.

O mais comum dos questionamentos é em relação a participação da torcida no processo de escolha daqueles que irão comandar o seu time do coração. Modelos bastante fechados impedem ou dificultam a entrada de novas pessoas no seu arranjo administrativo.

Um desses universos cercados de nebulosidades em cada um diz respeito às suas contas, orçamentos e dívidas. Desrespeitando o que está previsto pela Lei Pelé, nenhuma entidade desportiva do nosso futebol cumpre com a obrigação de publicar seus demonstrativos financeiros, referentes ao exercício anterior, até o dia 30 de abril do presente ano.

Além do problema que isso acarreta em relação a liberação de verbas por parte do poder público, a falta de clareza sobre a situação financeira cria um cenário de incertezas para que possíveis parceiros venham a fechar um negócio, por exemplo. Como um cidadão terá confiança o suficiente para depositar dinheiro do seu empreendimento em algo que não se sabe o seu real estado financeiro?

A reportagem do Portal Voz da Torcida foi em busca do que é público em relação ao que é cobrado e o que devem os grandes clubes do nosso estado. É importante destacar que o que será exposto abaixo não representa a totalidade das dívidas, mas apenas o que foi ajuizado e/ou contestado. Boa parte da dívida real é contraída de maneira informal, com dirigentes ou pessoas ligadas ao clubes contraindo empréstimos, por exemplo, ou não tem, ainda, contestação oficial.

O primeiro caminho foi a consulta ao aplicativo Dívida Aberta da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, órgão de direção superior da Advocacia Geral da União. Cabe a procuradoria a representação e fiscalização jurídicas da União Federal nos assuntos relativos à Dívida Ativa da União (DAU). Ou seja, os débitos tributários com a União estão lá.

Foram realizadas duas consultas, a primeira em 18 de março de 2021 e a segunda no dia 20 de maio. Nesse espaço de dois meses já foi possível observar uma boa alteração nas situações de Botafogo-PB, Treze e Campinense. A equipe da capital em março registrava uma dívida de 214 mil reais em débitos previdenciários. Esse valor não consta mais no registro, está zerado, o que indica o acerto, ou possível parcelamento, da irregularidade com a Previdência Social.

Já os Maiorais apresentaram um aumento desses valores. O Galo viu um aumento de mais de 35 mil reais, enquanto a Raposa cerca de 13 mil. Apesar de ter um crescimento abaixo do rival, a situação na Bela Vista é bem mais complicada que a encontrada no São José.

O Campinense Clube tem hoje 5.420.352,59 reais em dívidas referentes a tributos pagos a União. A natureza previdenciária é a mais grave, sendo 18 diferentes débitos que somam a quantia de 3.641.140,27 reais. Em segundo lugar vem a inadimplência com o FGTS, onde 1o débitos totalizam 1.594.750,92 reais. Outros 30 diferentes débitos em multas trabalhistas atingem o valor de 165.298,99 reais, e demais débitos tributários no valor de 19.162,41 reais.

A situação do Treze Futebol Clube é bem melhor, mais ainda assim ruim e crescente, como demonstrado anteriormente. O valor total devido é de 443.413,96 reais, com as previdenciárias, bem como o rubro-negro, representando a maior parte. Para o INSS, são 12 débitos distintos que representam 321.378,00 reais. Há ainda 80.543,73 reais de 17 débitos em multas trabalhistas e 41.492,23 reais em demais débitos tributários.

Outra fonte de informação apurada foi a consulta dos CNPJs no birô de crédito do Serasa. Lá estão reclamações contra os clubes sobre dívidas diversas, como bancos e outras empresas por serviços variados e reclamações judiciais. Todos os acessos foram feitos no dia 13 de maio de 2021.

O Botafogo Futebol Clube tem 3 inscrições em dívidas com instituições financeiras que atingem o valor de 117 mil reais. Só o banco Santander inscreveu, em 28 de fevereiro deste ano, uma reclamação no valor de 112 mil por um financiamento.

Para dívidas em segmentos da prestação de serviço são registrados 13 ocorrências inteirando mais de 26 mil reais. O relatório apenas exibe as cinco últimas reclamações, todas elas realizadas pela Classic Turismo no ano passado. Tanto as com os bancos, quanto com prestadores de serviço, são fruto da antiga gestão, de acordo com a atual diretoria.

O alvinegro do Presidente Vargas, com relação ao que é devido às empresas bancárias e de serviços, tem situação mais branda. São 479 reais para a primeira e 2.383 reais na segunda categoria, com 7 ocorrências. Entre elas uma de um mês atrás com a Energisa e cerca de 1.800 reais com a Braspress Transportadora, todas inscritas nos últimos quatro meses.

Porém, diferente do rival no Clássico Tradição, apresenta ocorrências de ações judiciais. As quatro ações de execução totalizam 721.634,22 reais, sendo três oriundas da justiça do trabalho, inscritas na plataforma entre os anos de 2017 e 2020.

A última de janeiro de 2020, no valor de 77 mil reais, é referente a processo movido pelo preparador físico Florindo Ghindini. Ghindini integrou a comissão do técnico Leocir Dall’Astra no Campeonato Paraibano de 2017. Mais de dois anos após, venceu a causa contra o clube.

Mais uma vez a pior situação se encontra no Renatão. Estão registradas cobranças da Carajás, do ano de 2017, da quantia de 3 mil reais. Ainda são encontrados dois protestos que alcançam o valor de 8 mil reais. É na seção de ações judiciais que o quadro é preocupante.

Estão registradas 16 diferentes ocorrências, onde as quatro últimas informadas, de execuções da justiça trabalhista, todas inscritas em 2020, totalizam o incrível montante de cerca de 33 milhões de reais. Como não foi possível visualizar todas as inscrições, o valor pode ir muito além disso.

Na última semana, o clube iniciou uma campanha de doação via Pix com a torcida em suas redes sociais. Com o bloqueio judicial das rendas, a diretoria raposeira encontrou essa saída para tentar buscar uma ajuda necessária. No último levantamento divulgado já haviam alcançado a quantia de 5 mil reais.

É importante ressaltar que a Serasa não é a única empresa que oferece esse tipo de serviço, o que torna possível existirem mais cobranças que não foram levantadas pela reportagem. Também destacamos que muitas dívidas podem existir e ainda não terem sido cobradas formalmente, sendo necessário acesso as contabilidades internas dos clubes para conhecer o real tamanho do buraco.

A soma de todos os valores apuradas chega as seguintes montas: Campinense Clube: 38.358.395,94; Treze Futebol Clube:1.195.112,99 e Botafogo Futebol Clube: 144.518,09.

Levantamentos de outros clubes no aplicativo da Dívida Aberta: Auto Esporte Clube: 175.959,90; Nacional Atlético Clube: 108.953,35; Sousa Esporte Clube: 67.386,37; Esporte Clube de Patos: 28.855,69; Atlético Cajazeirense de Desportos: 25.209,61.

Com Equipe @Vozdatorcida/patosonline

Paraíba registra recorde de internações por covid pelo segundo dia consecutivo

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Boletim Epidemiológico emitido pela Secretaria de Saúde da Paraíba nesta sexta-feira (21) trouxe a informação de que o estado teve 110 novos pacientes internados por conta da covid-19 nas últimas 24 horas.

De acordo com o Centro estadual de regulação hospitalar, é o segundo dia seguido de recorde de internações diárias. Na última quinta-feira foram 109 no mesmo período. Ao todo, 919 pacientes estão internados nas unidades de referência.

A ocupação total de leitos de UTI (adulto, pediátrico e obstétrico) em todo o estado é de 73%. Fazendo um recorte apenas dos leitos de UTI para adultos na Região Metropolitana de João Pessoa, a taxa de ocupação chega a 75%. Em Campina Grande estão ocupados 71% dos leitos de UTI adulto e no sertão 92% dos leitos de UTI para adultos.

Os dados epidemiológicos com informações sobre todos os municípios e ocupação de leitos estão disponíveis em: www.paraiba.pb.gov.br/coronavirus

Com Yves Feitosa/paraiba.com.br

João Pessoa registra mais 28 mortes por covid-19 em 24 horas

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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) registrou, nesta sexta (21), 1.156 casos de Covid-19. Entre os confirmados hoje, 77 (6,6%) são casos de pacientes hospitalizados e 1.079 (93,4%) são leves. Agora, a Paraíba totaliza 314.233 casos confirmados da doença, que estão distribuídos por todos os 223 municípios. Até o momento, 882.777 testes para diagnóstico da Covid-19 já foram realizados.

Também foram confirmados 34 novos óbitos desde a última atualização, sendo 28 ocorridos nas últimas 24h. Os óbitos confirmados neste boletim aconteceram entre os dias 15 e 21 de maio de 2021, sendo um deles em residência e os demais em hospitais públicos. Com isso, o estado totaliza 7.370 mortes. O boletim registra ainda um total de 214.892 pacientes recuperados da doença.

Concentração de casos

Cinco municípios concentram 278 novos casos, o que corresponde a 24% dos casos registrados nesta sexta-feira. São eles: João Pessoa, com 100 novos casos, totalizando 82.971; Campina Grande, com 59 novos casos, totalizando 28.122; Esperança, com 56 novos casos, totalizando 3.382; Cajazeiras, com 35 novos casos, totalizando 7.123; Catolé do Rocha, com 28 novos casos, totalizando 3.266.

  • Dados oficiais preliminares (fonte: e-sus VE, Sivep Gripe e SIM) extraídos às 10h do dia 21/05/2021, sujeitos a alteração por parte dos municípios.

Óbitos

Até esta sexta, 217 cidades paraibanas registraram óbitos por Covid-19. Os 34 óbitos confirmados neste boletim ocorreram entre residentes dos municípios de Alhandra (1); Barra de Santa Rosa (1); Belém (1); Boqueirão (1); Cabedelo (1); Campina Grande (5); Dona Inês (1); Esperança (1); Guarabira (1); Itabaiana (3); João Pessoa (8); Mamanguape (1); Natuba (1); Nazarezinho (1); Picuí (1); Pitimbu (1); Queimadas (1); Santa Rita (1); São José do Sabugi (1); Sousa (1) e Uiraúna (1).

As vítimas são 19 homens e 15 mulheres, com idades entre 19 e 89 anos. Cardiopatia foi a comorbidade mais frequente e 9 não tinham comorbidades.

Os dados epidemiológicos com informações sobre todos os municípios e ocupação de leitos estão disponíveis em: www.paraiba.pb.gov.br/coronavirus

Com Secom-PB