Mas, não é só isso. Segundo Romero Rodrigues, são dívidas e mais dívidas empilhadas com faturas programadas para janeiro de 2013. Ou seja, débitos para o novo prefeito quitar. Coisa premeditada para tentar prejudicar a gestão futura. Mas, o tucano não se entrega. Romero Rodrigues garantiu que vai buscar a negociação para pagar uma a uma, desde que legais, e equilibrar novamente as finanças do município.
É um desafio e tanto para quem tinha, até pouco tempo, um mandato bem sucedido de deputado federal com reeleição praticamente assegurada. Romero diz que está disposto ao sacrifício desde que decidiu colocar seu nome à disposição do PSDB para disputar a Prefeitura de Campina Grande. “Sabia o que me esperava, só não sabia que o buraco era tão grande. Mas, como homem público estou pronto para o desafio”, sustentou o novo prefeito.
A aparente sinceridade do gestor e a “energia positiva” do seu vice, Ronaldo Cunha Lima Filho, contagiou a cidade. Onde se chega em Campina, hoje, só se fala em reconstrução, prova de que a população está disposta a ajudar e entende o momento que a cidade atravessa.
O cenário otimista remete ao contraponto. Leva-nos a crer que o discurso de longevidade e progresso, entoado pela falácia de Veneziano Vital, esbarrou na realidade dos campinenses que rejeitaram a proposta de continuidade pregada pelo peemedebista. Até parece que a população não confia mais na palavra do ex-prefeito. Nem o PMDB.