Bancada de Cartaxo tenta prejudicar investigação sobre lixo da Lagoa pedindo mais três CPIs

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É por isso que quase 90% da população não acredita na classe política. Ao invés de apoiar a CPI do Lixo, para que o prefeito Luciano Cartaxo (PSD) prove logo que não houve desvio dos R$ 9 milhões registrado em relatório da Controladoria Geral da União, vereadores da Situação preferem pedir a criação de mais três CPIs, podendo chegar a cinco, para apurar denúncias até da gestão de Ricardo Coutinho em João Pessoa.

A medida dos aliados de Cartaxo já nasce desacreditada. Não pelas queixas da Oposição, mas pelas exigências regimentais. O Regimento Interno da Câmara Municipal de João Pessoa prevê como requisitos fundamentais para instalação de uma CPI o número mínimo de dez assinaturas e um fato determinado. A CPI do Lixo tem as duas coisas. Dez vereadores, incluindo governistas, assinaram requerimento. O fato concreto é o relatório da CGU apontando desvio de R$ 9 milhões nas obras da Lagoa. E as outras CPIs solicitadas?

Outra coisa, pelo Regimento apenas três CPIs podem funcionar simultaneamente. Um número maior poderia comprometer os trabalhos das comissões permanentes e do plenário. Como a CPI do Lixo foi solicitada primeiro, caberia então à Situação apresentar apenas dois pedidos e não cinco.

O presidente Durval Ferreira (PP) mandou todos os pedidos para a Procuradoria Jurídica da Casa. Após parecer, a Mesa Diretora se reúne e decide sobre a instalação ou não das Comissões Parlamentares de Inquérito. O vereador Renato Martins (PSB) teme que a enxurrada de CPIs solicitada pela Situação seja somente mais uma manobra para desviar o foco das investigações sobre o lixo da Lagoa.

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