Durval recebe “sinal verde” de Cartaxo, consolida reeleição e agora busca o consenso

Para o bom entededor, meia palavra basta. O prefeito eleito Luciano Cartaxo falou pouco sobre a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de João Pessoa, mas o pouco que disse foi suficiente para todos entenderem que ele não pretende se contrapor à maioria dos vereadores. E a maioria está, desde o início, com Durval Ferreira (PP).

Experiente, Durval logo entendeu que só viabilizaria sua reeleição com votos. E tratou de conseguí-los. De cara, apresentou documento assinado por ele e mais 16 colegas, incluindo novos e antigos, referendando seu nome. E documento assinado, todos sabem, é compromisso assumido. Os poucos que se atrevem a desconhecer sua própria assinatura perdem a palavra, a confiança e tantas outras virtudes necessárias a um homem público.

Mais dois aderiram ao movimento e a lista de apoios de Durval chegou a 19 dos 27 parlamentares. Nesta segunda-feira, pode bater na casa dos vinte. Resta apenas a confirmação.

Além da vantagem numérica, Durval contou com a sensibilidade de Cartaxo. Político experiente, ex-vereador, o prefeito eleito sabe que “peitar” a maioria para impor o nome do presidente não seria aconselhável. Poderia criar um clima hostil entre Executivo e Legislativo logo no início do seu mandato. Para não desmerecer a minoria, Cartaxo deixou claro que todos têm condições de assumir o cargo.

Para “bater o martelo”, ou melhor, para permitir que Durval “batesse o martelo”, o prefeito lembrou a lealdade do atual presidente e do PP, seu partido, “companheiros de primeira hora”. E completou afirmando que não se meteria no processo de escolha da nova Mesa. Falou pouco, mas disse tudo. Pelo menos tudo que Durval e seus 18 seguidores queriam ouvir. O resto, é jogar conversa fora.

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