Hugo Motta nega envolvimento com empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato

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Alvo da mídia nacional nesse final de semana, após ser citado nos jornais Folha de São Paulo e Estadão entre os parlamentares que teriam recebido doações de campanha de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, o deputado federal Hugo Mota, do PMDB, negou, em entrevista nesta segunda-feira (23), qualquer relação com as empresas investigadas e deixou claro que todas as doações recebidas durante a campanha eleitoral foram fruto do PMDB, tanto no âmbito estadual, quanto no âmbito nacional.

O paraibano foi destaque porque é ele o indicado pelo PMDB para presidir a CPI da Petrobrás na Câmara Federal. Segundo reportagem do Estadão, Hugo Mota teve quase R$ 500 mil de sua campanha custeados por empresas que serão investigadas durante a CPI que ele presidirá.

“Primeira coisa que nós temos que frisar é que nós recebemos do PMDB a indicação para presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito contra a Petrobrás e estou tranquilo porque as doações vieram do partido, a nível estadual e a nível nacional, não tenho nenhum tipo de relação com nenhuma empreiteira, tampouco pedi doação a nenhuma delas, essas doações são arrecadadas pelo partido, não tem interferência nossa, assim como todos os outros partidos receberam doações e nem por isso irá alterar o papel fiscalizador dos parlamentares”, explicou.

O jovem parlamentar paraibano ainda deixou claro que agirá com isenção e imparcialidade a frente da Comissão. “Nosso compromisso é com a investigação e com a apuração dos fatos”, falou.

Conforme a matéria publicada na mídia nacional, Hugo recebeu R$ 255 mil da Andrade Gutierrez via diretórios estadual e nacional do PMDB e por um repasse da campanha do candidato a deputado estadual Nabor Wanderley Nóbrega Filho (PMDB-PB). Outros R$ 200 mil vieram da Odebrecht, repassados a Motta pela direção nacional do PMDB. O deputado disse desconhecer as doações.

Indagado se acreditava que a divulgação da relação do PMDB e de seus deputados com as empreiteiras suspeitas seria uma forma de descreditar a atuação do partido na CPI, Hugo Mota disse que não. Para ele, é importante que a população saiba como se dá as doações. “Prefiro acreditar que foi nesse tom e não no tom de desacreditar nossa atuação”, completou.

Ainda conforme a publicação do Estadão e da Folha de São Paulo, além de Hugo Mota, outros nove deputados do PMDB, indicados para apurar desvios da Petrobrás, também foram apoiados por doações de empresas sob suspeita.

A entrevista de Hugo Mota foi concedida ao programa CBN João Pessoa.

PB Agora

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