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A cúpula do PMDB bem que tentou, mas não conseguiu convencer o deputado federal Manoel Júnior a retomar o processo de candidatura a prefeito de João Pessoa. Com respaldo da executiva municipal e da direção nacional, Júnior alegou que não tinha condições de recuar, mantendo o apoio declarado à reeleição de Luciano Cartaxo (PSD). O resultado é que o partido saiu da reunião na casa do senador José Maranhão ainda mais dividido e adiou para sexta ou sábado (data a ser confirmada) a definição sobre a eleição na Capital paraibana.
Antes da reunião, os peemedebistas trabalhavam com apenas duas hipóteses: a retomada da candidatura de Manoel Júnior ou apoio a Cartaxo. Encerrado o encontro, agora já são cinco as possibilidades: retomar a candidatura própria, se aliar ao PTB de Wilson Filho e apoiar a professora Cida Ramos (PSB) entraram em discussão. “Tudo é possível”, resumiu o presidente do PMDB em relação ao futuro do partido.
A enigmática frase do anfitrião da reunião desta segunda-feira retrata fielmente a situação atual do PMDB. O partido enfrenta novamente seu maior problema dos últimos anos: a falta de unidade. Não fosse isso, talvez tivesse colhido melhor resultado nas eleições de 2012 e 2014, quando sequer chegou ao segundo turno. Como aconteceu em 2012, quando teve que lançar ao sacrifício sua maior liderança (o próprio José Maranhão), mais uma vez o partido se mostra incapaz de reverter suas divergências internas. Pelo menos até agora, não sabe como ficarão os 41 pré-candidatos a vereador que pleiteiam registro.
Além de expor mais ainda a divisão interna do PMDB, a reunião serviu para Manoel Júnior ratificar sua decisão e “tomar gosto” pela ideia de ser indicado vice de Cartaxo. Ele saiu da casa de Maranhão entusiasmado. Embora tenha ganho pontos com Cartaxo, o deputado também sentiu na reunião que a proposta dele (Manoel) ser vice, é tudo que a maioria do PMDB não quer.