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O senador José Maranhão recebeu, na tarde desta terça-feira, um visitante ilustre em sua residência, no Altiplano Cabo Branco. O governador Ricardo Coutinho foi tratar das causas e consequências da decisão do PMDB de lançar candidato próprio a prefeito de João Pessoa em 2016, embora Maranhão jure de pés juntos que conversou apenas sobre questões administrativas. Um juramento pouco convincente. É público que Ricardo está afastado temporariamente do Governo do Estado, sendo substituído pelo desembargador Marcos Cavalcanti, presidente do Tribunal de Justiça. Depois, questões administrativas normalmente são tratadas em ambiente de trabalho, não em residências particulares, como foi o caso.
Comenta-se que Ricardo Coutinho teria abordado o presidente do PMDB sobre um suposto acordo, a partir do segundo turno das eleições de 2014, que teria incluído a presidência da Assembleia Legislativa no segundo biênio, entregue ao deputado Gervasio Maia, e a sucessão municipal de 2016 em João Pessoa e Campina Grande. Neste último caso, o PMDB teria apoio do PSB na Rainha da Borborema (Veneziano Vital) e apoiaria o candidato socialista na Capital (Estela Bezerra ou João Azevedo).
De acordo com interlocutores, Maranhão teria dito que o acordo foi quebrado quando o governador exonerou aliados do PMDB no Governo do Estado e não teria cumprido com todas os compromissos assumidos para ter apoio do partido no segundo turno da eleição passada. Além disso, o senador teria explicado a Ricardo que há uma orientação nacional para que o PMDB lance candidatos e uma tendência majoritária local em favor da candidatura própria nos dois maiores colégios eleitorais.
O governador ainda teria ponderado, lembrando a possibilidade de manutenção da aliança PMDB/PSB até 2018, mas sem sucesso. De positivo na conversa, apenas a promessa de Maranhão de compor com o PSB num eventual segundo turno na Capital e em Campina.
Quanto ao restante, tudo como dantes no quartel de Abrantes.