Não foi desta vez que os deputados conseguiram destravar a pauta. Nem mesmo os vetos do governador Ricardo Coutinho (PSB) foram apreciados na sessão desta quarta-feira. A bancada de oposição “quebrou” o quorum. Com apenas 17 parlamentares em plenário, o presidente em exercício Edmilson Soares (PEN) não teve outra alternativa a não ser encerrar o processo de votação e iniciar o grande expediente.
Antes, houve troca de farpas entre governistas e oposicionistas. O próprio Edmilson Soares travou pesado bate boca com Olenka Maranhão (PMDB). Ao final, ficou prejudicada a pauta, restando apenas os discursos dos poucos deputados que ainda permaneceram em plenário.
Toda celeuma foi criada por causa do veto do governador às emendas apresentadas pelos deputados à LDO de 2013. A oposição queria discutir a decisão, que já contava com parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça. O líder do governo, Hervázio Bezerra (PSDB), contestou alegando que o período de discussão havia passado e a matéria já estava em regime de votação. O presidente em exercício confirmou. Foi o bastante para iniciar o “levante” oposicionista.
Vice-líder da bancada, o deputado Aníbal Marcolino (PEN) pediu que os colegas da oposição se retirassem do plenário. A confusão foi generalizada. Uma nova contagem dos presentes foi feita e, sem os oposicionistas, constatou-se que o quorum de 19 parlamentares não foi atingido. Apenas 17 estavam presentes. Edmilson Soares encerrou o processo de votação sob protesto da liderança do governo.
Quem saiu ganhando, eu não sei. Mas, sei quem saiu perdendo: a Assembleia Legislativa e a sociedade paraibana. A pauta continua trancada e as votações suspensas. Até que o impasse seja resolvido e o veto à LDO votado. Aliás, não só ele, mas também os outros que constam da pauta.