Procurador Gilberto Carneiro aponta equívocos no relatório da PF sobre o Jampa Digital

O procurador geral do Estado, Gilberto Carneiro, deu sua versão sobre os desdobramentos do caso Jampa Digital, assunto que tomou conta das rodas políticas depois do término do inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar suposto desvio de dinheiro na execução do projeto em João Pessoa. Segundo Gilberto, a divulgação do processo pela rede Globo tem o interesse direto em atingir o PSB nacionalmente, já que o presidente nacional do partido, o governador de Pernambuco Eduardo Campos, é pré-candidato a presidência da República.

“Essa publicação por uma grande emissora de TV nacional tem o interesse direto em atingir o PSB. Esse inquérito tramita há mais de um ano. Naquela época veio a equipe do Fantástico que mostrou apenas que tinha pontos de acesso do Jampa Digital que não funcionavam. A licitação foi feita em 2009 e não houve questionamento. Somente agora, em 2013, eu veio a tona isso. E agora está em pleno funcionamento, na época o que foi mostrado foi apenas o problema de acesso”, explicou Gilberto Carneiro durante entrevista concedida à rádio Correio FM.

Ele justificou a presença de seu nome na lista de indiciados pela Polícia Federal. “Quanto a mim o indiciamento é por conta da minha assinatura no contrato. Ora, se eu licitei, se tive a aprovação dessa licitação pelo TCE, porque não posso contratar?”, questiona acrescentando que “como eu sei que inquérito é feito de forma inquisitória, que não oferece o chamado contraditório, a oportunidade de apresentar defesa, eu mesmo fui à Polícia Federal e prestei esclarecimentos”.

Carneiro apresentou, ainda, vários pontos contraditórios apresentados no inquérito policial e afirma firmemente que não houve desvio de dinheiro. “Existem pontos no inquérito que não fecham. Eles falam em superfaturamento na ordem de R$ 1,6 milhão e quando se faz o somatório só dá R$ 422 mil nos itens que estão regularmente comprados. Não houve desvio, em absoluto”, garante.

O procurador assegura que todo o andamento do projeto Jampa Digital, desde a licitação até a sua execução, foi feito de forma regular e atestada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB). “Eu tenho três acórdãos do TCE que aprovam a licitação. Ao atestar a regularidade da licitação, você afasta a irregularidade”, revelou.

Nice Almeida
PolíticaPB.com.br

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